Rio Sol Tinto 2004
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Rio Sol Tinto 2004


Este é o segundo vinho que comento após a criação da Confraria Brasileira de Enoblogs, formada por este blog e pelo amigos do Vivinhos, Viva o Vinho, Pisando em Uvas e recentemente contamos com a adesão do Vinhos - Prazer em Degustar e Le Vin au Blog. A escolha desse mês coube ao Edgard e Anny (Vivinhos) e todos postarão comentários no início de abril.
O Rio Sol 2004 é um corte de cabernet sauvignon e syrah (50/50), produzido pela Vini Brasil, no Vale do São Francisco, uma parceria entre a portuguesa Dão Sul e a importadora Expand. Tem sido anunciado como um vinho para atender ao mercado internacional, produzido na "nova fronteira vinícola" do Brasil, a 8º de latitude sul.
Paguei inacreditáveis $ 29 pela garrafa, provando que o mercado de vinhos em Uberlândia, além de carente, pode ser absurdamente ofensivo aos nossos bolsos. Para se ter idéia, no site da Expand o mesmo vinho é vendido a $18,90.
Apesar do preço, tentei pensar neste vinho com imparcialidade. Constatei o seguinte:
No copo, cor púrpura tendendo ao rubi (quase vermelho), com bordas tendendo ao granada. Formação de intensas e longas pernas. Pouca transparência. Demonstrou certa untuosidade.
No nariz, aromas de média intensidade, lembrando frutas silvestres e notas vegetais, que foram mais abundantes do que o frutado. Álcool excendendo no olfato, apesar dos modestos 12,5% de teor. Na boca, taninos firmes, certa acidez, mas o álcool novamente incomodou. Desequilíbrio indiscutível. Melhor nariz do que boca.
Pouco corpo, retrogosto levemente frutado, final de pouca persistência. Palato adstringente. Não percebi presença de madeira. Ao ganhar um pouco de temperatura, apareceram lembranças de mel (que não me atraem).
O site da Expand anuncia que este foi o "único vinho brasileiro a receber a medalha de ouro no II Concurso Internacional de Vinhos do Brasil - 2004", além de "Medalha de Bronze no Decanter World Wine Awards". Não sei, mas acho que bebi outro vinho.
Há vinhos nacionais que representariam melhor nossa produção. Talvez a "curiosidade" leve o consumidor internacional (como tem feito com os próprios brasileiros) a comprar vinhos produzidos a 8º de latitude sul. Mas apenas pelo interesse na novidade, na excêntrica localização dos vinhedos e da vinícola.
É um vinho pouquíssimo interessante. Mesmo na casa dos $19 é um vinho que não compraria novamente. Modestas duas taças, portanto!



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