É um vinho produzido pela gigante portuguesa Dão Sul, fundada em 1990 e bastante conhecida dos brasileiros. As uvas deste vinho são originárias da "Quinta de Cabriz", uma propriedade próxima de Carregal do Sal, na região do Dão. Paguei R$ 26 pela garrafa, no Extra de Santo André, em agosto. Estava curioso com o resultado deste vinho, até mesmo para tentar recuperar minha imagem com os amigos portugueses, que têm me acusado de comprar muita coisa ruim que vem de lá.
É um corte das castas Tinta Roriz, Alfrocheiro e Touriga Nacional. As diferentes parcelas do vinho foram vinificadas em separado, nesta ordem, garantindo a qualidade do produto final, segundo a vinícola. Estagiou por 6 meses em barricas de carvalho francês de segundo ano.
No copo, coloração púrpura, indicando juventude, com formação de muitas lágrimas, porém rápidas. Aroma frutado, com algo vegetal ao fundo (talvez grama molhada) e indicação do estágio em madeira, sem exageros. Tipicidade portuguesa, sem dúvida.
Vinho leve, pouco corpo, com taninos presentes e uma certa rusticidade. Boa acidez. Retrogosto com prevalência de frutos vermelhos. Álcool equilibrado (13%). Final de boa persistência e frutado.
Boa estrutura, pode melhorar nos próximos 2 anos. Equilibrado, com madeira bem integrada ao conjunto. Lembrou outros vinhos do Dão, como o Grão Vasco, já comentado aqui (relembre), com maior qualidade, no entanto. Acompanhou bem a comida e comportou-se bem aos 16ºC. Deixando esquentar um pouco, o álcool incomodou.
Boa escolha para finalizar o ano.