No mundo do vinho toda arrogância será castigada
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No mundo do vinho toda arrogância será castigada





Até pouco tempo, no Brasil, o vinho era uma bebida muito restrita, apreciada por poucos privilegiados. Estes agraciados tinham acesso ao vinho por meio de várias formas: por meio dos pais; seguindo um hábito diário; em viagens com acesso à cultura do vinho em outros países; incentivados ou iniciados por amigos que tinham o vinho como bebida preferida ou, ainda, por amor e meio de vida, como no meu caso. Afinal, o sommelier vive do vinho para o vinho.

Independentemente de como se iniciavam no mundo do vinho, uma áurea de arrogância reinava entre os conhecedores da enocultura. A estas pessoas era natural o esnobismo, que distanciava o vinho e transformava-o em algo incomum, de difícil acesso, impedindo e afastando os novos curiosos que se interessavam pela bebida. Nomeio a estes esnobes conhecedores como ‘arrogantes do vinho’. São aqueles que acham, ou achavam, que só eles entendem quando e onde se degustar um vinho, que o vinho é assim ou assado, que o brasileiro não sabe beber vinho e não tem cultura européia.

Todas essas coisas não têm muita lógica para um apreciador de coração, pois, o sentido do vinho não é ser esnobe ou presunçoso. O vinho nasceu para unir as pessoas, e não para afastá-las. Quando penso em vinho, quero absorver momentos de beleza, alegria, e não me prender a regras e barreiras que me impeçam de progredir como pessoa.

É possível, sim, sempre que alguém for abrir uma garrafa de vinho pensar independentemente do seu valor. Mesmo que seja um simples Cabernet Sauvignon feito aqui mesmo no Brasil, por um produtor não muito famoso, mas que consegue imprimir neste vinho um pouco de seu trabalho e de sua história, ou um raro e premiado Bordeaux Grand Cru, disputado a tapas pelo mundo todo, o que realmente importa é a beleza do momento. Isso, sim, você nunca esquece.

Temos três níveis de consumidores de vinhos:

O Habitual: bebe vinho como parte de seu estilo de vida. Não está muito interessado em informação, em estudar a fundo o vinho, e, sim, em sempre beber bons vinhos. Este nunca abre mão da qualidade;

O Estudioso: este quer saber o máximo de informações possíveis para levar ao extremo o momento da degustação;

O sommelier e todos os profissionais do vinho: estes, sim, têm que saber o máximo possível para auxiliar ao cliente na compra e escolha dos rótulos.

Indiferentemente de onde você se encaixa, nunca seja um arrogante do vinho. Abro este assunto para falar de um vinho que resume tudo isso: o Arrogant Frog. Veja a foto do rótulo, a história conto na próxima semana, afinal, curiosidade é um sentimento que tem que ser aguçado. Beber vinho é: algo comum apreciado de maneira incomum. A beleza está no momento. Saúde!




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