Vinhos
‘vinhos com Terroir, não são oferecidos e sim procurados, para conhecer um grande vinho é necessário ter alguma iniciação ao vinho, nem todos estão preparados para esta sensação!’
O que mais encanta no mundo do vinho é a capacidade que ele tem de nos surpreender. Uma taça cheia, por exemplo, esconde momentos, histórias e sensações que nem sempre podem ser explicadas. Por isso, quando sou questionado sobre o valor de um vinho, sempre tento levar para o lado da paixão, da finesse e de toda a magia existente dentro de uma garrafa.
Recentemente li uma conversa entre um famoso produtor de vinhos da Europa e um jornalista brasileiro. Este viticultor produz vinhos incontestáveis, com premiações a nível mundial e a importância de suas palavras nos mostra que realmente o significado de paixão está entranhado na produção e comercialização dos vinhos. Tanto quem produz, neste caso o enólogo/produtor, quanto sommelier e demais profissionais que vão indicar a bebida nas lojas, importadoras e restaurantes do mundo afora são verdadeiros apaixonados por vinhos.
Durante a entrevista, foi feita uma pergunta comparando vinhos clássicos com vinhos modernos, a partir de Cabernet Sauvignon, Merlot, Shiraz e Pinot Noir feitos em varias regiões do novo mundo com gosto mais popular: “já que o novo consumidor muitas vezes não tem acesso a vinhos clássicos de qualidade inquestionável, ou não o procura nas prateleiras, o que fazer para que ele chegue ao grande vinho?
Na opinião do viticultor, vinhos com Terroir, não são oferecidos e sim procurados. Para conhecer um grande vinho é necessário ter alguma iniciação, nem todos estão preparados para esta sensação. É como comparar um vinho a uma mulher. Quando mais jovem tem a virtude da beleza e jovialidade, características importantes que procuramos durante uma parte da vida. Porém com o passar do tempo, ela vai perder essa jovialidade, e ganhar, ao mesmo tempo, mais elegância, conhecimento, finesse e sabedoria. São qualidades não menos importantes, mas procuradas por nós em determinados momentos de nossas vidas. Da mesma forma é valida a analogia a uma pessoa: quando jovens somos afoitos por agito (vinhos frutados, musculosos, fáceis de serem entendidos). Com o passar do tempo, no entanto, queremos sossego (vinhos elegantes, sutis, misteriosos, tímidos que instigam nossas lembranças).
Resumindo, quando iniciamos nosso contato com o mundo dos vinhos, optamos naturalmente por vinhos fáceis, exuberantes, com leitura de aromas e sabores mais fáceis. Com o passar do tempo, iremos procurar vinhos elegantes, complexos, menos explosivos e mais sutis, para serem bebidos com calma. Infelizmente, nem todo degustador irá chegar a este estágio. Não é aconselhável que um novo apreciador de vinhos comece pelos clássicos, porque é necessária uma inicialização, inclusive, para saber o porquê, qual a diferença. Primeiro o propenso bom degustador/apreciador tem que buscar formar seu paladar para depois experimentar os grandes vinhos. Não há medo nem insegurança para os grandes vinhos. Quem gosta de bons vinhos há de gostar de um Barolo, Brunelos, Bordeaux, Bourgognes e etc, mas isto, só com o tempo. Não tenha pressa. Um brinde a elegância!
Sommelier Nelton Fagundes
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Vinhos
A importância dos grandes vinhos
O que mais encanta no mundo do vinho é a capacidade que ele tem de nos surpreender. Uma taça cheia, por exemplo, esconde momentos, histórias e sensações que nem sempre podem ser explicadas. Por isso, quando sou questionado sobre o valor de um vinho, sempre tento levar para o lado da paixão, da finesse e de toda a magia existente dentro de uma garrafa.
Recentemente li uma conversa entre um famoso produtor de vinhos da Europa e um jornalista brasileiro. Este viticultor produz vinhos incontestáveis, com premiações a nível mundial e a importância de suas palavras nos mostra que realmente o significado de paixão está entranhado na produção e comercialização dos vinhos. Tanto quem produz, neste caso o enólogo/produtor, quanto sommelier e demais profissionais que vão indicar a bebida nas lojas, importadoras e restaurantes do mundo afora são verdadeiros apaixonados por vinhos.
Durante a entrevista, foi feita uma pergunta comparando vinhos clássicos com vinhos modernos, a partir de Cabernet Sauvignon, Merlot, Shiraz e Pinot Noir feitos em varias regiões do novo mundo com gosto mais popular: “já que o novo consumidor muitas vezes não tem acesso a vinhos clássicos de qualidade inquestionável, ou não o procura nas prateleiras, o que fazer para que ele chegue ao grande vinho?
Na opinião do viticultor, vinhos com Terroir, não são oferecidos e sim procurados. Para conhecer um grande vinho é necessário ter alguma iniciação, nem todos estão preparados para esta sensação. É como comparar um vinho a uma mulher. Quando mais jovem tem a virtude da beleza e jovialidade, características importantes que procuramos durante uma parte da vida. Porém com o passar do tempo, ela vai perder essa jovialidade, e ganhar, ao mesmo tempo, mais elegância, conhecimento, finesse e sabedoria. São qualidades não menos importantes, mas procuradas por nós em determinados momentos de nossas vidas. Da mesma forma é valida a analogia a uma pessoa: quando jovens somos afoitos por agito (vinhos frutados, musculosos, fáceis de serem entendidos). Com o passar do tempo, no entanto, queremos sossego (vinhos elegantes, sutis, misteriosos, tímidos que instigam nossas lembranças).
Resumindo, quando iniciamos nosso contato com o mundo dos vinhos, optamos naturalmente por vinhos fáceis, exuberantes, com leitura de aromas e sabores mais fáceis. Com o passar do tempo, iremos procurar vinhos elegantes, complexos, menos explosivos e mais sutis, para serem bebidos com calma. Infelizmente, nem todo degustador irá chegar a este estágio. Não é aconselhável que um novo apreciador de vinhos comece pelos clássicos, porque é necessária uma inicialização, inclusive, para saber o porquê, qual a diferença. Primeiro o propenso bom degustador/apreciador tem que buscar formar seu paladar para depois experimentar os grandes vinhos. Não há medo nem insegurança para os grandes vinhos. Quem gosta de bons vinhos há de gostar de um Barolo, Brunelos, Bordeaux, Bourgognes e etc, mas isto, só com o tempo. Não tenha pressa. Um brinde a elegância!
Sommelier Nelton Fagundes
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