Vinhos
*Nelton Fagundes - sommelier da Enoteca Decanter, formado pelo ICIF (Instituto de Culinária Italiana para Estrangeiros Wine Spirit Education Trust Nivel 2, Melhor sommeleir Premio Amigo do Vinho Sbav-Mg )
No último dia 29, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei que regulamenta o exercício da profissão sommelier. Infelizmente, foi vetado o artigo segundo sobre a obrigatoriedade da formação acadêmica. Paralelamente a isso, está sendo articulada a criação do Sindicato dos Sommeliers de Minas Gerais. É importante ressaltar que a regulamentação da profissão, com criação de leis especificas e de entidades de classe, contribuirá com os profissionais da área, para o crescimento do comércio de vinhos, para a qualidade do serviço oferecido aos consumidores, sejam enófilos afoitos ou leigos, e, também, com a disseminação da cultura do consumo do vinho no Estado.
Em Belo Horizonte, e no Brasil, não existe um consenso quanto à utilização do título sommelier. E, neste cenário, profissionais com estudo especializado estão no mesmo barco que qualquer curioso do vinho que se auto-intitule sommelier. O resultado é que os consumidores pouco conseguem distinguir os bons profissionais dos que estão apenas de passagem, sem nenhum conhecimento real sobre o universo da bebida.
Ser sommelier exige muito trabalho e dedicação, anos de estudo sobre temas específicos. É necessário falar no mínimo duas línguas, ter domínio sobre a cultura dos países produtores, realizar cursos, além de dedicar horas e horas, todos os dias, à descoberta de novos rótulos. Apesar de todos nós, que fizemos o dever de casa, sabermos destes quesitos, nenhum deles é regulamentado por lei, ficando a cargo da consciência de cada pessoa que se propõe a ser sommelier e do contratante destes profissionais.
São necessárias regras que possam resultar em reconhecimento e classificação dos profissionais, e ainda em estabelecimento de piso salarial e jornadas de trabalho. A questão é de fortalecimento da classe e não de exclusão de pessoas. A partir da criação de regras, quem quiser se capacitar para ser reconhecido como sommelier terá espaço, pois existe demanda no mercado. Aliás, este é um mercado no qual falta mão de obra qualificada e capacitada. Em nossa loja, praticamente todo mês recebemos ligações de proprietários de restaurantes solicitando indicação de profissionais.
Quanto mais capacitada a rede de pessoas que trabalham com a bebida, melhor o nível de conhecimento da população e, conseqüentemente, maior a venda de vinhos. Existem os consumidores tradicionais, já conhecedores da bebida, mas também jovens, curiosos e mulheres – cada vez mais presentes, todos interessadíssimos em se informar sobre as delicadezas de consumo dessa bebida dos deuses. Onde há um bom sommelier a venda de vinhos normalmente e muito boa e a bebida e muito bem tratada. São muitos detalhes que valorizam o momento de degustação de um bom rótulo: a forma de servir, o armazenamento da bebida, os cuidados com o tipo da taça e limpeza e a harmonização com o prato ideal. Por isso, o meu maior receio é que a falta de conceito prejudique o futuro da profissão e afaste novos apreciadores de vinhos.
Vale lembrar que o sommelier não trabalha apenas com vinho, mas com bebidas diversas, como cerveja, whisky, café, chá, água mineral, charuto, azeite e, ainda, diretamente com harmonizações diversas. Este profissional pode atuar em lojas, distribuidoras, restaurantes, hotéis, entre tantas outras opções. As possibilidades de atuação e de geração de emprego são amplas.
Por fim, Belo Horizonte, está, hoje, na rota mundial do vinho com agendas mensais de eventos, presença de produtores mundiais e consumo em destaque no País. Nada mais justo, então, do que padronizar a qualidade do atendimento e dos profissionais da área, com a respectivamente valorização que a categoria merece.
- O Vinho E As Mulheres!!
Uma das coisa que mais me intrigava quando do meu contato inicial com os vinhos, era a pouca ou quase nenhuma presença das mulheres no momento do vinho, tanto na hora de escolher os rótulos nas lojas, quanto nas degustações de vinhos novos e mesmo...
- Wset Nível 1 - Curso Introdutório Em Vinhos 11-08-12
WSET Nível 1 - Curso Introdutório em Vinhos Belo Horizonte/MG Dia 11 de agosto de 2012 (SÁBADO) Local: Enoteca Decanter – BELO HORIZONTE/MG Rua Fernandes Tourinho, 503 - Funcionários Horário: das 09h às 18h Investimento:...
- Curso De Vinhos Enoteca Decanter 04 & 05 De Junho
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- Retrocesso Do Vinho Brasileiro
*** Nelton Fagundes– Sommelier da Enoteca Decanter Diante da possível implantação da medida de salvaguarda ao vinho brasileiro, a frase ‘fazer vinho é fácil, difícil são os primeiros 400 anos’, dita por franceses vinhateiros, é uma...
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Curso de vinhos com degustação pratica Qual o teor de açúcar que se tem em um espumante Brut? Sauvignon Blanc ou Chardonnay? Qual a real diferença em termos de degustação? Tannat ou Cabernet Sauvignon, qual a mais encorpada? E porque? Roses...
Vinhos
VINHO ORGANIZADO
VINHO ORGANIZADO
*Nelton Fagundes - sommelier da Enoteca Decanter, formado pelo ICIF (Instituto de Culinária Italiana para Estrangeiros Wine Spirit Education Trust Nivel 2, Melhor sommeleir Premio Amigo do Vinho Sbav-Mg )
No último dia 29, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei que regulamenta o exercício da profissão sommelier. Infelizmente, foi vetado o artigo segundo sobre a obrigatoriedade da formação acadêmica. Paralelamente a isso, está sendo articulada a criação do Sindicato dos Sommeliers de Minas Gerais. É importante ressaltar que a regulamentação da profissão, com criação de leis especificas e de entidades de classe, contribuirá com os profissionais da área, para o crescimento do comércio de vinhos, para a qualidade do serviço oferecido aos consumidores, sejam enófilos afoitos ou leigos, e, também, com a disseminação da cultura do consumo do vinho no Estado.
Em Belo Horizonte, e no Brasil, não existe um consenso quanto à utilização do título sommelier. E, neste cenário, profissionais com estudo especializado estão no mesmo barco que qualquer curioso do vinho que se auto-intitule sommelier. O resultado é que os consumidores pouco conseguem distinguir os bons profissionais dos que estão apenas de passagem, sem nenhum conhecimento real sobre o universo da bebida.
Ser sommelier exige muito trabalho e dedicação, anos de estudo sobre temas específicos. É necessário falar no mínimo duas línguas, ter domínio sobre a cultura dos países produtores, realizar cursos, além de dedicar horas e horas, todos os dias, à descoberta de novos rótulos. Apesar de todos nós, que fizemos o dever de casa, sabermos destes quesitos, nenhum deles é regulamentado por lei, ficando a cargo da consciência de cada pessoa que se propõe a ser sommelier e do contratante destes profissionais.
São necessárias regras que possam resultar em reconhecimento e classificação dos profissionais, e ainda em estabelecimento de piso salarial e jornadas de trabalho. A questão é de fortalecimento da classe e não de exclusão de pessoas. A partir da criação de regras, quem quiser se capacitar para ser reconhecido como sommelier terá espaço, pois existe demanda no mercado. Aliás, este é um mercado no qual falta mão de obra qualificada e capacitada. Em nossa loja, praticamente todo mês recebemos ligações de proprietários de restaurantes solicitando indicação de profissionais.
Quanto mais capacitada a rede de pessoas que trabalham com a bebida, melhor o nível de conhecimento da população e, conseqüentemente, maior a venda de vinhos. Existem os consumidores tradicionais, já conhecedores da bebida, mas também jovens, curiosos e mulheres – cada vez mais presentes, todos interessadíssimos em se informar sobre as delicadezas de consumo dessa bebida dos deuses. Onde há um bom sommelier a venda de vinhos normalmente e muito boa e a bebida e muito bem tratada. São muitos detalhes que valorizam o momento de degustação de um bom rótulo: a forma de servir, o armazenamento da bebida, os cuidados com o tipo da taça e limpeza e a harmonização com o prato ideal. Por isso, o meu maior receio é que a falta de conceito prejudique o futuro da profissão e afaste novos apreciadores de vinhos.
Vale lembrar que o sommelier não trabalha apenas com vinho, mas com bebidas diversas, como cerveja, whisky, café, chá, água mineral, charuto, azeite e, ainda, diretamente com harmonizações diversas. Este profissional pode atuar em lojas, distribuidoras, restaurantes, hotéis, entre tantas outras opções. As possibilidades de atuação e de geração de emprego são amplas.
Por fim, Belo Horizonte, está, hoje, na rota mundial do vinho com agendas mensais de eventos, presença de produtores mundiais e consumo em destaque no País. Nada mais justo, então, do que padronizar a qualidade do atendimento e dos profissionais da área, com a respectivamente valorização que a categoria merece.
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