PROVA no Solstício de Inverno
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PROVA no Solstício de Inverno


Mais uma prova realizada no passado dia 21 de Dezembro, desta vez com o pretexto de comemorar o Solstício de Inverno.
Há milhares de anos a humanidade festeja o nascimento do sol como sendo o acontecimento mais importante da Terra.
A palavra "solstício" deriva do latim que significa "o sol se detém", ocorrendo anualmente no período que varia de 17 a 25 de Dezembro, dependendo do ciclo solar de cada ano. Este ano foi dia 21 de Dezembro.
O Solstício deve ser comemorado com "ágapes solsticiais" Não é reunir-se para comer, mas sim reunir-se para compartilhar, agradecer e unir energias a serviço do Superior e a ajuda a humanidade. E com este motivo, compartilhar uma comida simples.
Reunindo o grupo de amigos, a prova cega seria temática dedicada a vinhos de 1999, onde por curiosidade todos os vinhos teriam 13% , estágio em madeira, e onde apenas variava a sua região de origem.
Os vinhos foram abertos e decantados cerca de uma hora antes da prova, colocados em decanters identificados por cores, sem que os restantes provadores soubessem a identidade dos vinhos.

Quinta de Cabriz - Virgílio Loureiro Escolha Pessoal 1999 - Dão
Garrafa com o número 3368, apresenta-se com 13% e uma tonalidade granada, com rebordo levemente atijolado, mostrando já alguma evolução.
No nariz boa entrada a frutos silvestres maduros, compota, leve baunilha acompanhados de leves torrados, madeira muito bem integrada no conjunto, com final especiado e leve balsâmico. Um bouquet de grande nível, muito elegante e sedutor.
Na prova de boca, mostrou-se com corpo médio, fino na boca, elegante, sedoso e fresco. Tem a fruta presente, com alguma especiaria, leve torrado acompanhado de um final mentolado. Final de boca médio/longo, com um vinho em grande forma, mostrando-se ainda apto para passar mais uns tempos na garrafeira.
16,5

Tapada do Chaves Reserva 1999 - Alentejo
Apresenta-se com tonalidade ruby escuro, e 13%
No nariz, entrada com fruta negra madura (amora) em compota, toque floral (esteva), fresco de aromas, especiarias, torrados da madeira, algum chocolate acompanhado de fumo.
Na boca tem corpo médio, fruta presente, leve chocolate e alguma madeira, tudo em grande harmonia, com acidez a dar frescura ao conjunto, boa estrutura na boca, final de boca médio/longo equilibrado e vivo.
Pelo que mostrou tem ainda muito que mostrar, acabou por ser o primeiro vinho a ser identificado pela sua região, sendo o vinho que mais agradou à maioria dos provadores.
17

Calheiros Cruz Grande Escolha 1999 - Douro
Tonalidade ruby escuro, com 13%
Prova de nariz, mostrou-se com fruta em compota, tabaco, ligeiros torrados e algum floral, muito mais discreto que os anteriores vinhos, bom perfil neste vinho que se mostrou muito tímido durante toda a prova.
Na boca, corpo mediano, a dar muito boa prova, com final de boca médio/baixo.
O vinho mostrou-se elegante, equilibrado, muito suave e muito polido, foi classificado como o último destes três vinhos. 16


No final da prova cega, foi ainda colocado na mesa um outro vinho, que viria a ser um Mauro 2000, um Vino de la tierra de Castilla e Leon, das Bodegas Mauro.
Elaborado com 90% Tempranillo, 2% Garnacha e 8% Shiraz , apresentou-se com 13,5% e uma tonalidade ruby muito concentrado.
Choque de fruta negra no nariz, bem madura, ligeira compota/marmelada acompanhada de ligeira especiaria em conjunto com torrados, abrindo para alguma baunilha, balsâmicos (mentol) e um pouco de café. Mostra um bouquet muito carregado e intenso, que precisa de muito tempo para se desenrolar no copo.
Na boca mostrou-se de corpo médio, com presença da fruta em compota, acidez a dar frescura ao vinho, ligeiro toque balsâmico acompanhado de um ligeira adstringância no final que em nada incomoda a prova.
Persistência final média/alta, num vinho em que está tudo muito bem ligado, com grande perfil, e que não vira cara a mais uma estadia na garrafeira. 17




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