Montevalle branco (Douro) 2004 : Do produtor Bago de Touriga, tem uma tonalidade quase incolor, revela um vinho de estágio em inox, muito leve de aromas com alguma fruta, floral e leve mineral no fundo. Suave de corpo, acidez bem marcada, fino e muito equilibrado, final mineral com final médio/curto. Melhor na boca que em nariz, um vinho simpático sem muito que contar.
Casal Figueira Tradition (Estremadura) 2004 : Amarelo palha com reflexos esverdeados, no nariz no que toca a aromas mostrou-se fraco, leve floral (rosas), fruta (pêssego) tudo muito escondido e com um nariz estranho que não faz as minhas preferências. Na boca mostrou-se bem melhor, lembra um Esporão Private Selection Branco em ponto mais pequeno e menos concentrado, untuoso, com a madeira e a battonage a notarem-se bem. Tem as suas virtudes apenas para os seus seguidores nos quais eu não me incluo.
Quinta de Carvalhais Touriga Nacional (Dão) 1995: Cor granada com rebordo a revelar já evolução, muito aroma animal, não deu grande prova neste momento, mas seria provado mais tarde no jantar.
Vinha da Nora (Estremadura) 1998: Com uma boa côr, não indica a idade que tem... mostrando-se fresco de aromas, com fruta presente em ligeira compota, leve vegetal e alguma especiaria em conjunto com aromas da madeira a marcarem presença. Tem corpo médio, fruta e acidez a dar frescura, mostrou-se no final de boca um pouco vegetal. É vinho que não merece mais tempo de garrafeira.
Quinta do Perdigão (Dão) 2000: Tonalidade granada de boa concentração, aromas a evoluir bem no copo, com fruta a marcar presença em ligeira compota, floral (violetas) leve chocolate e café em companhia de algum tabaco, baunilha, aromas balsâmicos. Na boca tem bom corpo, equilibrado, fruta presente, fresco e muito agradável, com final mentolado.
Terroso (Douro) 2003: Mais um vinho da Bago de Touriga, surge com uma tonalidade granada escuro de mediana concentração, apresenta de principio ligeiro sulfuroso, dando lugar depois a fruta, aromas frescos, madeira ligeiramente presente acompanhada de balsâmico. Na boca mostrou-se leve e de bom corpo, com bom final de boca e ligeiramente balsâmico.
Quinta do Infantado (Douro) 2003: Granada escuro, mostrou-se frutado com leve vegetal no aroma, e final mentolado. Corpo médio, frescura média e balsâmico no final, mostrou-se correcto sem nada de mais.
Aurius (Estemadura) 2002: Uma surpresa ou melhor uma novidade, com boa concentração e entrada com fruta de boa qualidade e leve floral, madeira presente e de boa qualidade, baunilha, tabaco, mostrou-se como um dos melhores vinhos em prova, ainda com ligeira adstringência no final de boca que se mostrou médio/longo dando uma bela prova.
Quinta de Lemos (rótulo branco) Dão 2003 : Ruby de intensidade média de boa concentração, mostrou-se muito aromático com destaque para frutos silvestres muito maduros lembrando compota (bagas) e floral (violetas), muito fresco de aromas um vinho diferente, leve baunilha tudo num bouquet muito concentrado.
Na prova de boca tem boa estrutura, fresco, fruta presente, bem cativante, ligeiro chocolate e um final de boca balsâmico de boa persistência. Uma surpresa este vinho que como foi dito é vinho para se beber um copo e não para acompanhar uma refeição que se torna enjoativo.
Herdade dos Grous Reserva (Alentejo) 2004: Granada escuro, muito bom de aromas com fruta vermelha e negra madura presente, em conjunto com um bom trabalho de madeira dando aromas logo de entrada a lembar baunilha, cafe, chocolate, fumo, tabaco, tudo muito bem ligado com um final ligeiramente balsamico. Na boca é mais do mesmo, com acidez a dar uma frescura mais que precisa de maneira a não tornar o vinho pesado, mostrou um final com grande qualidade e de boa persistência. O melhor vinho da prova cega na minha opinião, vale a pena esperar por ele.
Quinta da Palmirinha (verde tinto) Minho 2004: Quando servido mais parecia um vinho em amostra de cuba, tal a tonalidade que apresenta este vinho, grande concentração, paredes dos copos com lágrima muito intensa e que pinta completamente as paredes do copo, muita fruta com ligeiro carbónico, mas que se revelou um verde tinto.
Durante toda a prova cega, foram sendo revelados os vinhos provados, sempre com um pequeno e saudável confronto de ideias entre provadores.
Finalizada a prova cega foi altura de seguir para o Restaurante da York House onde tudo estava a postos para continuar o excelente convívio até agora vivido.
Preparados os vinhos que seriam servidos durante o jantar, e sentados os convivas, a refeição foi servida:
O primeiro vinho a ser servido foi:
Trimbach Riesling Clos Saint Hune 1997 , da região da Alsácia Francesa. Mostrou-se muito bom este vinho, muito floral, fruta presente (pêssego com acidez marcante, fresco e final mineral. Na boca tem um recorte de grande nível, corpo médio muito afinado e bem equilibrado, dando uma bela prova com um final persistente e mineral. Dos brancos provados foi o que me deu mais prazer a provar.
Para acompanhar uma maravilhosa Sopa de Peixe foram servidos os vinhos
Casal Figueira Tradition 2004 já provado anteriormente e o Gouvyas Reserva 2003 alvo de prova mais atenta em breve no Copo de 3.
Com o Pato com Azeitonas, e de destacar as Cheróvias trazidas pela Margarida Rodrigues que ligaram muito bem com o pato, foram servidos os vinhos:
Quinta das Castas Touriga Nacional 2005 :Foi decantado 4 horas antes para um vinho com 10 anos e algo mais, decantado fazia já 4 horas, simplesmente estava com grande nível. Mostrava-se um vinho já com a marca da idade, mas ainda fresco de aromas, madeira bem ligada com a fruta, na boca dava prazer a ser bebido, tudo bem ligado entre si, com aromas de chocolate, café, baunilha e leve floral muito bem presentes, digamos que aromas terciários a dizer presentes.
Altas Quintas 2004 : Vem da Serra de São Mamede em Portalegre, com as suas vinhas situadas a 600 metros de altitude, tem um perfil diferente dos normais Alentejanos. Mostrou-se concentrado de côr, intensidade média com fruta presente e bem ligada com a madeira, chocolate, baunilha, café, torrados com tudo bem ligado e fresco nos aromas. Dá uma boa prova de boca, com boa estrutura, equilibrado, fruta, chocolate, frescura com os taninos bem afinados e dando uma bela prova de boca. Um vinho que precisa de algum tempo de garrafeira mas esperava algo mais de um vinho tão badalado.
Campolargo Pinot Noir 2004 : Ruby de intensidade média, delicado no nariz com fruta madura bem ligada com a madeira, leve balsâmico, muito interessante, pelo primeiro impacto lembrou-me um vinho da zona da Borgonha. Na prova de boca está equilibrado, delicado com corpo médio, fino e com final de boca agradável e persistência média aliado a um ligeiro mentolado.
Montevale 2003, Gouvyas 2003 e foi provado também um vinho de Bordéus que no meio da conversa me esqueci de anotar. Com uma entrada de nariz muito aromática, lembrava chocolate leves torrados e algum cafe, na boca tinha estrutura mediana com final ligeiramente especiado e persistência média.
Com a Sopa de Frutos do Bosque com Gelado de Natas foram servidos um
Quinta do Infantado LBV 2001 e um Casal Figueira Vindima Tardia 2002: feito com Petit Manseng, mostrou-se tímido de aromas, pouca fruta e algum floral acompanhados de algum mel, tudo muito afinado e sem se mostrar muito, na boca falta um pouco mais de estrutura e de frescura, tem pouco para dizer este Vindima Tardia que se mostrou pouco exuberante.
Foi uma noite bastante agradável e que espero se volte a repetir, um abraço a todos os presentes.
Espero os vossos comentários.
Copo de 3
loading...
- Prova Quinta Da Touriga Chã 2001
Do Douro sai este vinho do produtor José Rosas - Quinta da Touriga Châ que foi um caso de sucesso logo na primeira edição de 2001 aqui provada.Elaborado com 80% de Touriga Nacional e 20% de Tinta Roriz, o vinho apresenta-se com 13,5% e uma tonalidade...
- Prova Mouchão 2000
Das terras de Sousel do produtor Ann W. Reynolds e Emily E. Richardson sai este vinho que dispensa apresentações tal a qualidade e fama que emana dos seus rótulos ano após ano. O vinho em prova é um Mouchão 2000 elaborado com 85% Alicante Bouschet,...
- Prova No Solstício De Inverno
Mais uma prova realizada no passado dia 21 de Dezembro, desta vez com o pretexto de comemorar o Solstício de Inverno. Há milhares de anos a humanidade festeja o nascimento do sol como sendo o acontecimento mais importante da Terra. A palavra "solstício"...
- Prova Montinho São Miguel 2004
Depois do primeiro vinho Herdade de São Miguel 2003, surge este ano do mesmo produtor, como novidade este Montinho São Miguel 2004, um vinho feito a partir das castas Aragonês, Trincadeira e Cabernet Sauvignon, apresentando-se com 13,5% e uma tonalidade...
- Prova Caves Primavera Dão Special Selection 1997
Elaborado com as castas Tinta Roriz, Touriga Nacional e Alfrocheiro Preto, com 13%, foram engarrafadas 7200 garrafas, cabendo a esta o nº 6219. Apresenta-se com tonalidade ruby escuro, com ligeiro tijolo no rebordo, mostrando já sinal de evolução...
Vinhos