Vinhos
Herdade do Perdigão — Reserva '2004
Oh, a preguiça! Quão mole, seco, desinspirado me encontro! Abri o editor de texto, o meu caderninho de notas, um par de sítios da
web e trouxe para aqui a garrafa vazia. E só de apreciar o conjunto reunido à minha frente, só de pensar em começar a escrever estas linhas, a vontade de sair daqui, ir dar uma volta, curtir o resto do sol da tarde; ou então o sono, que todas as desculpas são boas quando não apetece fazer rigorosamente nada! Ah, bambalhão!
Ora, este tinto alentejano, de Monforte, distrito de Portalegre, consiste num lote composto por 80% de Trincadeira, 15% de Aragonês e o resto, Cabernet Sauvignon. Uvas provenientes de vinhas velhas, completamente desengaçadas, cuja fermentação alcoólica ocorreu na presença das películas e grainhas, dentro de grandes balseiros de carvalho francês, tendo depois o mosto sido transferido para barricas de 225 litros onde, de forma espontânea, se deu a fermentação maloláctica «de acabamento». O vinho passou os 18 meses seguintes dentro dessas mesmas barricas, e mais um ano em garrafa, antes de ser lançado no mercado. Não foi filtrado e apresenta uns garbosos 15% de volume alcoólico. Das 26666 garrafas produzidas, coube-me a nº 2553. Isto segundo os dados fornecidos pelo rótulo e contra-rótulo da garrafa, bem como pela ficha técnica presente na página do produtor.
De que tal o achei, cor entre o rubi e o granada, este mais definido na orla do copo, de concentração mediana. Nariz mais balsâmico que frutado, bastante fresco. Bosque, bagas e muito boa barrica. Promissor. Impressões de boca que me confirmaram estar perante muito bom material. Cremoso, quase mastigável, cheiinho de taninos gordos e macios. Muita fruta. Morangos, amoras e framboesas. Tudo madurinho, mas não em excesso. Acidez elevada, quase cítrica. Ainda sugestões de compota. Barrica delicada. Café. Muito caramelo. Tornou-se um pouco enjoativo a partir de certa altura, mas ai já a garrafa ia quase no fim. Não creio que seja problema para quem não a quiser beber toda. Termina longo e redondo, em concordância com a imagem de solidez que desde o princípio transmite.
É um vinho que se nota muito bem trabalhado, que está no ponto para aqueles que apreciam bocas pujantes, espessas e frutadas. Mas, para o meu gosto, falta-lhe limpidez — se é que me faço entender...
Custou 25€.
16,5
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Prova Herdade Do Perdigão Reserva 2004
No Alentejo bem perto de Monforte, fica situada a Herdade do Perdigão onde no ano de 1999 saiu a primeira colheita deste vinho e desde essa altura que se afirma como um dos grandes deste nosso Portugal. Em prova temos o recente Reserva 2004 elaborado...
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Marquês Dos Vales — Grace Vineyard '2007
Algarvio da Quinta dos Vales, baseado em Aragonês, Cabernet Sauvignon e Castelão. A ficha técnica, que se pode consultar aqui, fala de maceração a frio, fermentação alcoólica em inox e maloláctica em barricas de carvalho francês, seguida de...
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Quinta Do Encontro — Merlot / Baga '2008
Na ficha técnica disponibilizada pelo produtor no sítio onde marca presença na internet, lê-se: "A casta Merlot foi colhida em Outubro, em sobrematuração, em conjunto com a Baga, que se encontrava em estado ideal de maturação (...) Esmagamento...
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José De Sousa Mayor '2000
É o alentejano de topo da José Maria da Fonseca. As uvas com que foi feito — 55% Trincadeira, 33% Aragonês e o resto Grand Noir — provêm de vinhas velhas, plantadas na década de 1950 na Herdade do Monte da Ribeira, perto de Reguengos de Monsaraz,...
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Ana Vieira Pinto (borba) '2007
Tinto alentejano — DOC — produzido a partir daquele que é, muito provavelmente, a combinação mais característica da região — Aragonês, Trincadeira e Alicante Bouschet. Antes de tudo o mais, nota positiva para o rótulo, muito bonito. Cor...
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