Barton & Guestier Les Charmes de Magnol Médoc AOC 2006 # cbe
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Barton & Guestier Les Charmes de Magnol Médoc AOC 2006 # cbe


Esse é o 51º vinho comentado para a Confraria Brasileira de Enoblogs, que no fim/início de ano sempre tem dois vinhos para os leitores. No dia 20 de dezembro fiz um comentário sobre o tema "Espumante até $200" (relembre) e agora o tema é "Bordeaux de até $150". Ambas indicações foram feitas pelo confrade Silvestre, do excelente blog Vivenda a Vida.

Minha escolha não foi fácil. Não bebo vinhos caros e algumas experiências anteriores não foram tão boas. Então resolvi apostar num Bordeaux com mais corpo, vindo da subregião do Médoc, margem esquerda do Gironde, onde a Cabernet Sauvignon reina como protagonista nos cortes. Nesse vinho ela entra com 60% enquanto a Merlot completa o restante. A passagem por barricas (francesas, claro) é de 6 meses.

É produzido pela Barton & Guestier, fundada em 1725 pelo irlandês Thomas Barton, então com 30 anos de idade. No início a empresa era uma transportadora/comerciante de vinhos, mas em 1802 tornou-se o que hoje se conhece através da sociedade do neto do fundador, Hug Barton, com o comerciante Francês Daniel Guestier. A empresa está em 130 países, nos 5 continentes, onde vende seus vinhos produzidos em diversas regiões francesas, dentre elas Bordeaux, Borgonha, Loire, Rhône e Languedoc.
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Na taça apresentou uma translúcida coloração rubi. Nos aromas tem boa intensidade, início lácteo, muitos frutos vermelhos maduros, ameixa, especiarias, menta, eucalipto e madeira discreta. Harmônico no nariz, denotando "maciez", se é que essa é uma afirmação possível. Boa complexidade.
Na boca é um vinho sério, seco, de corpo mediano, com taninos presentes, mas sem agressividade. Acidez gastronômica. Presença de especiarias e amadeirado, mais presentes que a fruta vermelha do exame olfativo. Final mediano, boca seca, com madeira em destaque, com notas de café e tabaco. Álcool em equilíbrio (12,5%). Evoluiu depois de aberto. Gastronômico e elegante. Ainda pode ser guardado por 1 ano. Tem personalidade, ao contrário de outros que provei e deixaram muito a desejar.

Pela garrafa paguei R$ 96. O melhor Bordeaux que já comentei aqui no blog, considerando (obviamente) a faixa de preços dos vinhos que bebo. Recomendo.
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