Vinhos
Terra do Zambujeiro 2004
Depois de aqui se ter provado o Terra do Zambujeiro 2003, e continuando a contemplar a Serra d´Ossa ali tão longe e ao mesmo tempo tão perto, é altura de se provar mais um vinho da Quinta do Zambujeiro. O escolhido desta vez foi o Terra do Zambujeiro com a sua mais recente colheita no mercado, 2004.
O seu lote teve uma ligeira alteração, perdendo algum protagonismo a Aragonez e um pouco também de parte da Trincadeira, resultante um lote mais equilibrado e sem domínios aparentes. Em terras Alentejanas o ano 2004 foi caracterizado pela brevidade das chuvas de inverno que fez com que os tratamentos da vinha fossem em menor número que em anos anteriores, em contrapartida as altas temperaturas sentidas na altura das maturações e com ausência de chuva, fez com que as uvas no geral atingissem um patamar de qualidade superior.
Terra do Zambujeiro 2004Castas: 26 % Aragonez, 25% Castelão, 23% Trincadeira, 17% Cabernet Sauvignon, 9% Alicante Bouschet - Estágio: 24 meses em barricas Carvalho Francês 55% novas - 15% Vol.Tonalidade ruby muito escuro de concentração média/alta.
Nariz a mostrar um vinho ainda algo fechado mas desde já a mostrar uma bela complexidade, dando profundidade de aromas, ligeiro toque de austeridade que se desvanece com algum tempo de copo. É um acordar lento, cheio de energia e com boa intensidade, Alentejano raçudo com boa extracção sentida da fruta vermelha que apresenta, vegetal com contornos balsâmicos que se desvanece perante toda uma panóplia de cacaus, baunilha, tosta e alguma moka. Não é novidade nenhuma que o trabalho com barricas é notável, que dando um grande envolvimento aos vinhos sem que a madeira rapte a fruta por completo, resulta portanto, um conjunto muito equilibrado e pleno de harmonia entre fruta e empireumáticos. Tem muito tempo ainda pela frente, com as especiarias a despedirem-se com vontade de novo encontro.
Boca com entrada bem estruturada, amplo e com bela presença de boca, alguns taninos por domar a darem sinais de precisar tempo em garrafa. A fruta madura marca também ela presença, com o bom envolvimento da madeira a começar fazer-se sentir. Complementa toda a sua passagem de boca com frescura suficiente e muito agradável, que percorre todo o palato. A elegância que já mostrar vai ser ainda maior quando a harmonia do seu todo se completar. Um vinho com presença e saber estar, perigosamente apetecível e com um final de boca de bela persistência final.
Bem mais contido do que a colheita de 2003, mostra-se ainda um pouco encerrado no que tem para mostrar. É mais algum tempo que precisa, e para melhor apreciar todo o seu esplendor convém fazer-lhe a vontade.
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