Provamos o vinho italiano do Galvão: Bueno La Valletta Sangiovese IGT 2011
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Provamos o vinho italiano do Galvão: Bueno La Valletta Sangiovese IGT 2011


O enólogo Roberto Cipresso é o novo responsável técnico pelos vinhos da Bueno Wines. 

No último dia 17 de novembro participei de mais uma degustação para o Wine Bar. Recebi em casa dois vinhos elaborados pela Bueno Wines, projeto do apresentador Galvão Bueno, um brasileiro já comentado no último dia 20 (relembre) e esse italiano, que leva a assinatura do enólogo Roberto Cipresso, o novo winemaker à frente do projeto. 

Cipresso é natural do Vêneto, mas começou sua carreira de enólogo na Toscana, em Montalcino, trabalhando com importantes produtores da região. Fundou em 1999 a Winemaking, consultoria agronômica e enológica para atender vinícolas na Itália e em outros países. Já foi eleito o "Melhor Enólogo Italiano" (2006) e na categoria "Comida" já foi considerado o "Homem do Ano", em 2008, pela revista Men's Health.

Bem, vamos às minhas impressões do vinho. 

Primeiro, quando estou diante de um vinho da Toscana, um 100% Sangiovese, espero dele aquela acidez marcante, capaz de deixar o vinho pronto para as massas italianas com bastante molho vermelho, ou pizzas, mas também carnes vermelhas, pratos com cogumelos, enfim, muitas opções. Foi isso que o vinho demonstrou: uma grande capacidade gastronômica, mas me parece ainda jovem e poderá ganhar mais equilíbrio com um tempo em garrafa, devidamente climatizado. 

Na taça a coloração é rubi, brilhante, com boa transparência. Muita fruta fresca no nariz, frutos vermelhos como cereja, alguns frutos negros também, amoras, algo floral em segundo plano, tabaco e frutos secos. Corpo mediano, com taninos bem presentes e acidez lá em cima. Como disse acima, acredito que precisa de um tempo em garrafa para ganhar mais equilíbrio, talvez uns dois anos. Mas, já está pronto para suportar a potência dos molhos vermelhos da tradicional culinária italiana.

Final longo, repetindo tudo, com uma elegante presença amadeirada no palato. Notas minerais (salgadas) aparecem no final. Deixamos metade da garrafa para beber no outro dia e 24 horas depois estava em forma, mais dócil. Penso que quando isso acontece é porque o contato com o oxigênio trouxe algum benefício ao vinho, indicando que um tempo de aeração no decanter pode ser uma boa opção. 

O vinho tem 14% de álcool e passa 14 meses por barricas de carvalho francês de segundo uso.   


Detalhes da compra:

O vinho é vendido por R$175 na loja virtual da Miolo, parceira de longa data dos projetos vinícolas do Galvão Bueno (veja aqui). 

Saúde a todos! 






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