Esta prova foi feita com vinhos do ano de 1999
Prova cega, com vinhos decantados 1 hora antes e filtrados para remover possível depósito.
Primeiro vinho provado mostrou logo grande nível, a prova prometia ser boa, boa cor para um vinho com 6 anos, bom perfil aromático com boa qualidade de aromas, pimento bem presente, os aromas terciários estavam presentes, o trabalho da madeira veio afinar o conjunto e só mostrou o porquê da fama deste vinho. Todos gostaram do vinho, mostrou finesse elegância, um saber estar no copo de grande nível, bom final de boca, para este Bacalhoa 1999.
Segundo vinho, e a coisa já não parecia muito famosa, pelo aroma apagado e meio confuso eu não gostei do vinho, e como se diz o primeiro impacto conta muito, pois o vinho pode abrir, eu sei, e esperei e esperei mas o dito ficou tão mudo que pensei estar morto, na boca então pior, umas notas verdes que o tornaram seco, leve adstringência e um final de boca que parecia um fantasma diziam que estava lá mas eu nem o encontrei... pena para este Callabriga 1999.
Mais um vinho, mais uma surpresa , e que surpresa, um malandro colocou um vinho Espanhol na prova, coisa que ninguém estava à espera, mas numa prova cega quem pode estar à espera de uma coisa ?? Ninguém... Ora bem este Marboré 1999 no copo mostrou boa cor granada escuro, outra coisa não seria de esperar, no nariz a madeira mostrou-se muito bem como todos os aromas do vinho, é uma delícia cheirar este vinho, uma e outra vez, deixa saudades pois deixa, eu pelo menos de vez em vez tenho de as matar... Mas no nariz a boa qualidade da fruta juntamente com o bom trabalho da madeira e os aromas secundário e terciários a aparecerem em grande forma. Apenas um senão, na boca não se mostrou tanto como no nariz, um pouco mais apagado o que fez com que o seu lugar fosse o segundo.
Ora bem, este vinho no copo já mostrou um sinal de idade, a côr de tijolo no bordo estava presente mas muito leve. No nariz mostrou-se muito tímido de início mas com o tempo foi começando a falar e a falar notando-se pelo sotaque que era senhor lá do Douro, contava coisas sobre uma fruta vermelha, e uma fruta preta em compota, que depois tinha uma madeira de boa qualidade presente mas discreta e uns aromas de chocolate, café, torrados, baunilha, manteiga, fumo, tabaco e pimenta preta. Que na boca se encontrava tudo o que se encontrou no nariz em grande forma, com grande qualidade, e o vinho continuava a falar e a falar, com um final de discurso excelente daqueles que ficam para recordar, muito bom mesmo este Quanta Terra 1999 que seria o vencedor da noite.