Este vinho considerado um verdadeiro ícone da enologia de Portugal, para muitos um sonho para alguns uma realidade, o que é certo é que dos 30 euros que custou na adega passa facilmente para uns 150 nas Garrafeiras.
Constitui sempre um grande mistério se temos Pera Manca num ano ou não, mas a qualidade é quem manda e se não chega a esses pontos então temos tudo estragado.
Aqui vai ser apresentado o de 1995 considerado por muitos, mesmo pelo Eng Colaço do Rosário como o melhor vinho feito em Portugal, mas para isso temos de tomar contacto com ele, neste momento já temos um vinho com 10 anos, vamos ver como se deram o Aragonês com a Trincadeira durante todo este tempo... com 14,5%
Foi provado a 16º e decantado com filtro uma hora antes, e dita assim esta prova:
Cor: Granada escuro, com bordo tijolo revelando já a bela idade de 10 anos
Nariz: Ao princípio as notas de madeira e licor com um ligeiro toque verde da Trincadeira, com o tempo vai abrindo, aparece fruta vermelha e preta em compota, tabaco, café, mentol, torrados, tudo muito bem equilibrado e muito fino. Vinho que perdeu a pujança e ganhou em finesse. As duas castas perfeitamente casadas.
Boca: Notas verdes de início, com ligeira ponta de álcool, licor, passado o tempo compota de fruta, mais notas verdes,mentol , um pouco de café, boca e nariz perfeitamente interligados sem perder o seu Verdadeiro estilo PERA MANCA, bem me parecia que já tinha provado este tinto.
Observações: Qualidade e finesse bem marcadas num vinho de culto, mesmo com 10 anos coisa a que muitos não vão chegar, provado em outras alturas e estava bem melhor, mesmo assim ainda não perdeu o estilo.