Vinhos
Conde de Vimioso '2007
Este tinto, produzido no Ribatejo pela FALUA, é uma mistura de Touriga Nacional, Aragonês e Cabernet Sauvignon que passou por um breve estágio (6 meses) em madeira de carvalho antes de ser posto à venda.
Desde há muito que — talvez por hábito — se tem comprado cá para casa uma garrafita ou duas deste vinho por ano. De qualquer forma, ainda não tinha provado o de 2007.
Assim que o abri, reparei que trazia uma rolha aglomerada DIAM. Daquelas que impedem a formação de um dos mais comuns defeitos no vinho, a presença de 2,4,6-tricloroanisol (TCA), que se forma quando certos fungos que ocorrem naturalmente no ar se vêem em contacto com compostos clorofenólicos, provocando o chamado «sabor a rolha», que é uma merda, de facto.
Ora, se, por um lado, a DIAM impede, com certeza, um vinho de «rolhar», por outro, uma rolha aglomerada... bem, a meu ver, só mesmo num vinhito corrente de consumo rápido. E que importa o «a meu ver»? Para o mundo, muito pouco. Para mim, o suficiente para me levar a não voltar a comprar nenhum vinho de mais de 5€ que traga uma rolha destas. E se for parvoíce, bem, problema o meu... consigo viver com ele, sem dúvida.
O vinho propriamente dito apresentava-se escuro, fazendo adivinhar uma boa concentração. De aromas, naturalmente jovem, com os frutos vermelhos misturados com qualquer coisa de fumado e alguma vinosidade. Na boca, a fruta surgiu discreta, pouco doce, acompanhada de alguma, pouca, madeira. A acidez, vincada, transmitia certa sensação de frescura. Os taninos estavam um pouco adstringentes e diria até que o álcool, de tão bem integrado, trouxe algo ao conjunto — talvez intensidade, talvez profundidade, talvez ambas as coisas.
Termina discreto, não se evitando, uma vez mais, a desilusão.
OK, este vinho não é mau e até aparenta ter crescido alguma coisa — pareceu-me tê-lo encontrado um pouco mais sério, mais profundo que o da colheita anterior. Ainda assim, e mesmo tendo em conta a gama de preços em que se insere e a qualidade da concorrência disponível na dita, para mim, não tem atributos para ser uma opção de primeira linha.
13,5
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Herdade Da Figueirinha — Reserva '2009
Foi o vinho que bebi com o filme do post anterior e uns bocaditos de pão, queijo, chouriço e outros que tais. Um lanchinho. Cada vez mais acho que os filmes são para ver, os vinhos para beber, os discos para ouvir, etc. Por isso cada vez mais tento...
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Conde De Vimioso '2008
Ribatejano produzido pela Falua, uma empresa de João Portugal Ramos. Touriga Nacional, Aragonês e Cabernet Sauvignon, com estágio de seis meses em meias pipas de carvalho. Rubi intenso. Fruta bem madura e alguma especiaria no nariz... um pouco vinoso....
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Velharias (15)
Estas linhas chafurdaram pela primeira vez (?) no lamaçal da rede a 10/3/2006. Assim as introduzi na altura: «Antigo, estava posto de lado, arrumado no fundo de um caderno mais usado para fazer listas de compras. EPA — 1 deriva de 2 [ou o contrário],...
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Lavradores De Feitoria — Gadiva (branco) '2008
Outro do mesmo produtor. Malvasia Fina, Gouveio e Códega do Larinho, sem passagem por madeira. Simples, leve e pouco persistente. Felizmente pouco doce, também. No nariz pareceu-me predominar o maracujá, à mistura com ligeiro floral e uma ou outra...
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Quinta Do Monte Bravo — Colheita Seleccionada '2000
Douro DOC. O rótulo diz-nos, em letras douradas, que «foi obtido a partir das melhores uvas das quatro propriedades do produtor — Quinta do Monte Bravo, Quinta da Teixeira, Cerca do Casal e Quinta do Rabaçal —, predominando as castas Touriga Franca,...
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