Vinhos
BiB (VI) — Bipartito
Da Casa Santos Lima, sem data de colheita. A caixa traz dois sacos de 1,5l cada: um deles contém um monocasta Castelão e o outro, Touriga Nacional, sendo que ambos os vinhos estagiaram durante 4 meses em barricas de carvalho português. Este conceito torna possível experimentar diversas misturas, fazer lotes no copo: aliás, houve em tempos um blogue onde o produtor promovia uma espécie de competição cujo objectivo era precisamente apurar o melhor desses lotes. Não sei até que ponto fez furor, mas a ideia parece-me bem engraçada.
Castelão: Muito alegre, cheio de fruta madura, negra, doce, em expressão típica da casta, entremeada com notas florais e de caramelo. Também presente o fumado característico dos vinhos estagiado em carvalho português, bem como vagas sugestões maltadas. Na boca é redondo e não possui grande acidez. O sabor acompanha os cheiros, sem doçura evidente, no entanto, e a barrica confirma-se bem integrada. O corpo pode classificar-se como médio, talvez médio menos, e a persistência idem. É um Castelão da Estremadura, mais sumarento, menos pesado e melado que os seus congéneres de Pegões. 15
Touriga Nacional: À semelhança do seu companheiro de caixa, é jovem, alegre e apresenta-nos um conjunto claro de elementos conhecidos: ou seja, e aqui corro voluntariamente o risco de parecer redundante, não podia ser mais claramente um fresco Touriga Nacional jovem da Estremadura, estagiado em carvalho nacional. Cheira muito a violetas, a fruta aparece mais escura, isto apesar de nem por sombras ser tão doce como no Castelão, notam-se boas sugestões de terra e algum After Eight após arejamento também. A madeira entra com o fumado da praxe. Apresenta-se globalmente mais ácido e estruturado que o outro, com um final levemente achocolatado. 15
Experimentei misturá-los algumas vezes, com resultados distintos. Uma coisa, no entanto, achei engraçada: o resultado final nunca se revelou objectivamente desagradável. As misturas que mais me agradaram tinham sempre mais Castelão que TN, talvez 3:1 ou 4:1, isto sem querer adiantar proporções exactas, acima de tudo porque nunca medi. (Set/2011). 7,50€/3l.
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Amoras — Reserva '2008
Outro vinho consensual, que me deixou a ideia de ser melhor bebido jovem, este tinto da Casa Santos Lima, de Alenquer. O contra-rótulo diz serem a Touriga Nacional, o Castelão e o Syrah os constituintes principais do lote, que após a vinificação...
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Bib (iii) — Igrejinha '2009
O vinho da marca Polegar. Produzido pela Coop. Agrícola de Santo Isidro de Pegões, trata-se de um varietal Castelão sem passagem por madeira que aparece classificado como Vinho Regional da Península de Setúbal. Não aparece referido no sítio web...
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Quinta Dos Aciprestes — Reserva '2004
Consumido após o do post anterior. As parecenças entre estes dois vinhos são flagrantes. A começar nas garrafas. Depois, também este consiste num lote de Touriga Nacional e Touriga Franca, uvas provenientes de algures entre o Cima Corgo e o Douro...
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Herdade Do Esporão — Touriga Nacional '2004
Já conhecia este vinho, embora nunca aqui tenha falado dele. Já aqui comentei, isso sim, o da colheita de 2005. Como esse, trata-se de um monocasta Touriga Nacional com seis meses de estágio em barrica. Isto, claro está, à data do seu lançamento...
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Monte Da Casta '2006
Vinho Regional Ribatejano produzido pela Quinta da Lagoalva. Feito à base de Castelão e Touriga Nacional, passou 2 meses em barrica. Cor avermelhada, viva mas não muito escura. No nariz, tem a doçura cálida do Castelão e algumas flores bravas da...
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