Vinhos
Ainda o Acordo Ortográfico
Ainda não tinha visto que andava por aí a circular uma petição contra o protocolo modificativo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Ah, afinal são duas.
Não acredito que este tipo de protesto produza qualquer resultado. Há muito que nós, portugueses, nos manifestamos em tom morninho, quase como quem suplica, contra as putadas que nos faz quem governa. Aqueles que a maior parte de nós elegeu e a quem todos baixamos as orelhas — sempre. Todas as justificações são aceites. Já nada importa realmente: o que mais vier, virá. Não faz mal.
E porquê? Por comodismo. Aliado a doses fenomenais de mediocridade. Porque para lutar contra os poderes insituídos é preciso sacrificar algo. Não são aqueles que se afirmam a favor de A ou contra B no conforto do lar ou na mesa do café com os amigos que se vão conseguir fazer ouvir ou notar. Não é uma classe que, após muito ameaçar, finalmente acaba por fazer uma greve de um dia, com 30 ou 40% de adesão, que vai conseguir as mudanças pretendidas. No entanto, de certo modo, ainda bem que não se luta mais activamente. Podia ser perigoso, perigoso para todos nós: é que as pessoas, quotidianos vergados ao enorme empréstimo contraído para pagar a casinha nos arredores, ao puto hiperactivo que gasta fortunas em terapeutas por ser hiperactivo e que por isso mesmo não se cala com a PS3 que tanto quer ou à novíssima piza de farinheira do take-away franchisado do costume, já fazem tanto e pensam tão pouco que deixaram de saber em que acreditar.
Talvez seja por isso que nunca ninguém faz nada. E os nossos dirigentes, pessoas de segunda e políticos de terceira, no entanto ainda capazes de pensar, sabendo completamente inatacáveis os seus interesses, tornaram-se autistas.
Não é com petições que se vai lá — mas, por via das dúvidas, já assinei.
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