Vinhos
O texto de Natal e nosso pódio de 2008
(ou, tintos que não são novidade mas que gostámos muito)
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Quem tenha lido os nossos últimos textos e provas a propósito de vinhos a não esquecer será tentado a concluir que, em 2008, este blog apenas se surpreendeu com vinhos espanhóis (Aalto PS, Ossian) ou Australianos (Amon-Ra). Nada disso! O nosso singelo objectivo (modéstia à parte) sempre foi destacar os bons vinhos nacionais, as boas compras, aqueles com excelente evolução (para quem tenha dúvidas, basta ver que a grande maioria das provas publicadas são de vinhos nacionais, apesar das diversas provas de vinhos estrangeiros ao longo do ano). Nessa medida aliás, os vinhos que destacamos neste ano de 2008 serão portugueses e, curioso (talvez), vinhos portugueses com mais de 6 anos de estágio em garrafa. Trata-se, para mais, de um destaque que não é comandado por uma lógica pedagógica (embora seja conveniente que mais gente prove vinhos lançados em anos anteriores), mas sim de puro prazer! É que, efectivamente, foram vinhos, todos tintos, oriundos das colheitas de 1997, 2000 e de 2001, aqueles que nos deram mais prazer a beber durante este ano. Quais são?
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O primeiro desses vinhos é um clássico renascido. Supostamente destinado a ser o topo da marca Ferreirinha, seria desclassificado "à última da hora" e, para nós, está mesmo melhor que alguns Barca Velhas (eg., comparem-no com o BV de 1995). Em poucas palavras, encontra-se cheio de complexidade na prova de nariz e repleto de pattine delicada na boca - uma delícia! No segundo lugar, temos um "velho conhecido" e um nosso preferido desde há alguns anos para cá. É um néctar que continua a evoluir muitíssimo bem e que revela o potencial da colheita de 2001 no Douro. Em suma, um vinho de deleite, um dos tintos nacionais mais bordaleses que conhecemos. Por fim, no terceiro lugar, temos um empate entre um lote tinto de diferentes regiões (e de dois dos mais interessantes produtores nacionais), com uma acidez viva e fruta de enorme qualidade (está para durar!), e um duriense de cetim adquirido por "tuta e meia" numa conhecida garrafeira em Madrid, ambos da colheita de 2000.
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O nosso pódio de preferidos em 2008 é então constituído por:
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Dado (T) 2000
Gouvyas (T) 2000
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