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Mini-vertical de Evel Grande Escolha

A ideia de uma mini-vertical de Evel Grande Escolha andava a matutar na nossa cabeça faz tempo. Lembro-me mesmo de ter conversado com o Rui sobre isso, mas desta foi mesmo de vez! Este topo de gama da Real Companhia Velha surgiu na segunda metade da década de ' 90, mas em jogo apenas estavam as colheitas de 2000, 2001 e 2003. O que havia de 1999 já era (ver aqui), e o de ' 2004 pensamos que se encontra ainda muito novo.
A conclusão principal que podemos tirar é que se trata de um vinho com uma belíssima qualidade (sobretudo para o preço em causa), mas também consistente ao nível das três colheitas provadas. Como sempre acontece nestas coisas, é evidente que os vinhos foram o espelho da colheita, e por isso o ' 2001 mostrou um registo bem diferente dos irmãos, mas sem ficar furos abaixo. Para mais, tratam-se de vinhos de relativa longevidade, posto que o ' 2000 já leva uns anos e portou-se muito… vejamos:

Evel Grande Escolha (T) 2003: confirmou-se o que se esperava dele, e confirmou também as provas anteriores (ver aqui). Jovem no nariz, de cariz frutado e com final balsâmico. Não é daqueles tintos que nos fazem perdem horas a contemplá-lo, mas é "focado" e vai direito ao assunto. Esteve muito bem, boca totalmente redonda e já pronto para consumo, faltando-lhe apenas alguma complexidade no final de boca que talvez a idade lhe pode proporcionar. 17

Evel Grande Escolha (T) 2001: o ano não foi de fruta mas antes de "vinho", e este Evel Grande Escolha revelou isso mesmo. Mais seco que os irmãos, nariz distante mas muito cativante, profundo mesmo. Complexo na boca – é um tinto que dá séria luta – fresco, com toques de menta e chocolate amargo. Perfil gastronómico (neste aspecto, muito acima dos 2000 e 2003), final médio, taninoso, e (novamente) a sensação que ainda pode durar alguns anos na garrafeira. 17

Evel Grande Escolha (T) 2000: quem pensou que o ano quente o podia marcar com pouca longevidade engane-se! Está de boa saúde (e existem muitos ' 2000 do Douro que já não estão…), com camadas de fruta preta madura mas sem qualquer "pico" de sobrematuração. A evolução está no auge – é bebê-lo já – com a madeira perfeitamente integrada. Final elegante, longo e quente, enfim um conjunto muito sedutor. Um vinho de puro prazer em perfeito estado de evolução. 17,5
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