O ataque dos Clones...
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O ataque dos Clones...


Quando provamos um vinho, ou lemos um contra-rótulo apenas vem indicado que tem esta ou aquela casta.
Mas isto hoje em dia já não é bem assim, pois além da casta ser por exemplo Fernão Pires, esta mesma casta tem vários clones, que estão catalogados e cada um com determinadas caracteristicas... parece confuso mas o mundo da clonagem é mesmo assim.

Ora bem, é sempre bom ter um levantamento de uma casta, dentro da Touriga saber qual é esta ou aquela variedade, de modo a que se aumente a qualidade de um vinho, e óbviamente um melhor apuramento da casta.
Se tivermos um pequeno terreno, onde não sabemos as castas, convém fazer um estudo e apurar o que por lá temos... mas se soubermos que uma parcela é apenas de Trincadeira, então dentro da mesma parcela a variedade genética pode ser enorme e encontrar algumas variedades diferentes dentro da mesma casta.

Por isso qualquer dia temos um rótulo a dizer Touriga Nacional Clone X...com Aragones Clone Y.
Ou quem sabe um Mono Varietal pluri Clone, com Touriga Nacional clone x , clone y e clone z, tudo de parcelas diferentes, mas a mesma casta.

Mas como se faz a escolha dos Clones ???

- Numa primeira fase do respectivo melhoramento genético é feita uma prospecção de pés mães.
- A segunda fase a partir da enxertia, onde são feitas múltiplas observações e avaliações que culminam com a eleição dos melhores clones segundo o rendimento.
- Surge a terceira fase ,onde estes clones são enxertados em campos de experimentação clonal e as avaliações incidem sobre o rendimento, o açúcar e a acidez total, e a riqueza antociânica.
Nesta fase, que se inicia 5 a 6 anos após o começo dos trabalhos, os campos de experimentação clonal são simultaneamente campos de multiplicação, que permitem, desde logo, o fornecimento à viticultura de garfos para enxertia.
-Numa quarta fase vamos seleccionar um novo grupo de clones, integrando os melhores em cada um dos quatro parâmetros referidos e os melhores no conjunto. Este grupo, já com uma grande pressão de selecção e bastante restrito, tem sido alvo de aprofundados estudos, incluindo microvinificações e indexagens para despiste de vírus considerados nocivos para a vinha.
-Na fase final resta a homologação pelos Serviços do Ministério da Agricultura .
passado este tempo, a Viticultura Nacional passará a dispor de material de propagação vegetativa com outro gabarito genético e sanitário, o qual contribuirá para o alargamento da importância das castas e para a subida qualitativa dos seus vinhos.

Temos o exemplo da Fernão Pires, que após estudos, se foram homologar sete clones FP 0315, FP 0912, FP 2211, FP 2622, FP 8001, FP 8002, FP 8204.
A amplitude e profundidade dos trabalhos experimentais realizados permitiram conhecer e caracterizar estes clones de molde a classificá-los como se segue:
Os mais equilibrados em todas as características (culturais e enológicas) FP 2234, FP 3029, FP 8003, FP 8204
Os de melhor rendimento FP 2211, FP 8001, FP 8105
Os de melhor álcool provável FP 0315, FP 0912, FP 2622
O de melhor acidez FP 8002

Os dados apresentados foram retirados duma comunicação apresentada no V Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo, Intitulada " Obtenção de clones das castas Castelão, Trincadeira, Fernão Pires e Arinto da autoria da Engª Kátia Teixeira e outros distintos Agrónomos da referida Rede Nacional de Selecção da Videira.

Mais alguns exemplos retirados do site
http://www.plansel.com/ na primeira foto temos um esquema de selecção clonal:



Neste segundo quadro, exemplo da definição de grupos de "performance" no caso do Aragonez:

A = Alto potencial de performance
B = Alto potencial de transformação alcoólica
C = Performance produtiva
D = Tendência para uma reduzida performance

Como se pode osbervar, este levantamento genético das nossas castas, e melhoramento das mesmas, só vai ajudar a que se conheça melhor aquilo que é nosso, e que assim a qualidade dos nossos vinhos aumente.

Numa notícia recente, no site
www.elmundovino.com , dizia que a DO Rias Baixas ficou com os 11 melhores clones , que durante 8 anos, os investigadores Galegos estiveram a estudar.
Deste modo os Produtores vão ter ao seu dispor, material homologado, sem vírus, e que podem escolher de acordo com as necessidades.
Certamente que a qualidade do Albarino vai melhorar ainda mais...



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