Dugat-Py Domaine Gevrey-Chambertin 'Coeur de Roy' 2004
Vinhos

Dugat-Py Domaine Gevrey-Chambertin 'Coeur de Roy' 2004


De volta a França, chegamos à Borgonha, sub região Côtes de Nuits, appellation Gevrey-Chambertin, onde se encontra o Domaine Dugat-Py.
Considerado por muitos um génio dos Pinot Noir, Bernard Dugat-Py estabeleceu-se em 1973 quando começou a comprar várias parcelas naquela zona. Hoje em dia com pouco mais de 7 hectares, para ser exacto são 7,26 ha. de vinha, divididos em 14 denominações locais, o que em alguns casos é um tanto de quase nada, mas com resultados de excelência. Para se ter um exemplo, tem 0,06 hectares (600 metros quadrados) de Gevrey Grand Cru; 0,30 hectares de Charmes-Chambertin Grand Cru... até no total somar os 7,26 hectares. Os resultados nem sequer chegam a ser de garagem, de armário duvido, penso que sejam de gaveta, pois por exemplo o Chambertin está limitado a 250 garrafas por colheita.
No caso deste vinho, temos vinhas com idades que rondam entre os 50-90 anos de idade.
Devido à densidade e idade das vinhas, tudo é tratado à mão, sem poda em verde, as uvas são cuidadosamente escolhidas, no final não temos colagem ou filtração... afinal o que se pretende é dar lugar à expressão do terroir, intervindo o menos possível no resultado.

Dugat-Py Domaine Gevrey-Chambertin 'Coeur de Roy' 2004
Castas: 100% Pinot Noir - Estágio: estagia em 60% madeira nova - 13% Vol.

Tonalidade ruby muito escuro, concentração alta.
Nariz a mostrar um vinho bastante fechado que vai abrindo com o tempo, bastante tempo até. Se por um lado mostra austeridade, por outro lado mostra todo o seu esplendor naquilo que dá para entender neste momento da vida do vinho. Bela concentração e complexidade, profundo e com boa frescura. O impacto inicial remete para um toque animal (caça) com alguma cinza e tabaco seco. A fruta (cassis, cereja, ameixa) entra em cena com toque de rama, fumo suave em fundo com ligeiro especiado que envolve todo o conjunto. O que tem de misterioso tem de complexo, a baunilha em conjunto com chocolate negro, espreita e diz presente ainda que a meia voz, rapidamente encostada por um mineral bem solto e agradável.
Boca de estrutura sólida e sem grandes oscilações, tudo o que tem está bem delineado e com capacidade para aguentar a passagem do tempo sem grandes problemas. Salienta-se uma belíssima frescura com que somos presenteados e que nos acompanha durante toda a passagem de boca. Fruta presente, café, tabaco seco, especiaria, chocolate negro, tudo muito fino e pleno de finesse, torrado de mão dada com o restante, arredondamento sentido com ligeira secura pelo meio, em final mineral de bela persistência.

Um vinho que ainda tem muito para mostrar, talvez abrir um vinho destes nesta altura não seja a melhor escolha. O refinamento, o balancear das suas componentes ao longo de toda a prova, a complexidade e profundidade que nos mostra levam a que a prova de um vinho como este se torne marcante. Convém dizer que estamos perante um vinho de gama média/alta e ainda bem longe do topo de gama desta casa (o tal das 250 garrafas). Nada como provar um exemplar destes para ter a noção do que é um belo Pinot Noir, o preço ronda os 70-80€.
17,5



loading...

- René Engel Grands-Échezeaux Grand Cru 2000
Seguindo em França desta vez vamos fazer um tour até à região da Borgonha, mais propriamente em Côte de Nuits, e especificamente em Vosne-Romanee. É aqui que fica o Domaine René Engel, que ficou com o nome do seu criador, René Engel nascido em...

- Château Montrose 2001
De volta a França, mais propriamente a Bordéus, vamos desta vez até Médoc uma das sub-regiões de Bordéus, e dentro dela rumamos a Saint-Estèphe. É aqui que encontramos o Château Montrose, um Deuxième grand cru classé segundo a classificação...

- Chateau Troplong-mondot 1994
O próximo vinho é uma entrada nos vinhos de Bordéus, mais propriamente nos vinhos de Saint-Émilion, localizada na margem direita do Rio Dordogne, 50 quilômetros a leste da cidade de Bordeaux, na costa oeste da França. Para classificar os seus vinhos,...

- Adega Coop Borba Syrah
Numa pequena limpeza de garrafeira, escolhi dois syrah da Adega Cooperativa de Borba, das colheitas 2003 e 2004. Ambos os vinhos já aqui foram provados, se é verdade que estes vinhos quando lançados para o mercado dão uma bela prova, como será que...

- Prova Herdade Dos Lagos
Vamos de visita até ao Baixo Alentejo, distrito de Beja, onde de uma importante vila com nome que já vem de longe, os romanos chamavam-lhe Myrtilis Iulia e os muçulmanos de Mārtulah, hoje é conhecida por vila de Mértola, saem os vinhos aqui provados....



Vinhos








.