Surpresa
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Compota Tinta Roriz (T) 2007

Uma surpresa efectivamente... mas não por duvidar do qualidade do "projecto pessoal" de Pedro Carvalho (e referimo-nos a projecto pessoal por contraposição ao projecto familiar da conhecida Casa de Santa Eufémia). Uma surpresa, isso sim, pela casta escolhida para este tinto estreme, nem mais nem menos que a cada vez menos privilegiada Tinta Roriz. E uma surpresa também pelo registo: fino e elegante (que nos lembrou, por vezes, um Pinot Noir menos complexo), bem longe do perfil concentrado do Compota (T) 2005, produzido também no Douro mas a partir da mediática Touriga Nacional.

No copo, a cor, como deixámos antever, revela concentração mediana, com transparência bastante assinalável. A prova de nariz é muito agradável, contribuindo para isso as matizes de fruta silvestre encarnada fresca, notas tostadas sem excesso, e um toque mineral persistente, tudo num conjunto directo, bonito e (parece-nos) bem trabalhado na vinha onde é preciso ter cuidado com a casta que amadurece cedo.

Na boca, mantém o registo refrescante, de tinto fino e com bom recorte, com fruta saborosa apesar do final de boca algo curto. A madeira quase não se sente (poucos meses de barrica, certamente) deixando a fruta encarnada dominar o palco e a prova - e ainda bem! Precisa somente de maior complexidade, e quem sabe se de um par de anos em garrafa, para voos mais altos.

No mercado, devem contar-se pelos dedos das mãos os monocastas de Tinta Roriz/Aragonês, independentemente da região do país, numa tendência que se tem intensificado nos últimos anos. Neste tinto estreme, encontramos um duriense personalizado, apostado na elegância sóbria. A acidez capaz, e a frescura vincada, colocam-no como um bom companheiro à mesa, jogando na maridagem com saladas, carnes simples, e mesmo peixes assados. A menos de €14, é então uma surpresa que merece ser provada.

16,5
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