Vinhos
Quinta da Covada 2009
A conversa repete-se uma e outra vez, não se gasta e cada vez parece que está mais forte e duradoura, afinal de contas com o aperto do cinto o que sobra para vinho vai sendo cada vez menos. Muitos produtores não querem saber disso, vivem no País das Maravilhas e continuam a lançar vinhos a 50€ como se nada fosse, o pior é que são tantos a lançar vinhos a preços de patamar superior, ou nalguns casos direi mesmo de escândalo que a oferta torna-se superior à procura e alguns acabam mesmo por ficar com o vinho tempos e tempos sem que consigam despejar o stock. Fugindo a tudo isto, felizmente ainda há produtores que pensam com o coração e cabeça e não com a carteira, pessoas que têm amor pelo que fazem e produzem... os vinhos mostram-se cativantes, lufadas de ar fresco num ambiente carregado de mofo, é tão bom sentir que de vez em quando aparece algo que nos deixa contentes. Os Quinta da Covada são exemplo dessa alegria, são vinhos muito bem feitos, apelativos e com vida pela frente, o sangue jovem que os faz tem irreverência mas ao mesmo tempo respeito pela identidade característica da zona que os vê nascer... o Douro.
Em prova o Quinta da Covada 2009, é o entrada de gama do produtor, um vinho resultante de um lote de várias castas que se apresenta com 14% Vol. e um preço a rondar os 3.50€. Um vinho que quando se prova tem de se ter obrigatoriamente em consideração o seu target, para um consumo do dia a dia com bastante qualidade que o torna uma escolha muito apetecível. A boa notícia em tempos de crise é que segundo o produtor a produção deste colheita 2009 já estará praticamente esgotada.
De aroma de mediana intensidade, fresco e frutado, toque ligeiramente tostado da barrica, sensações vegetais no segundo plano com esteva e mato serrano, respira-se o Douro ainda que no segundo plano desenvolva algum chocolate de leite e compota. A frescura compensa tudo isto num vinho de fácil agrado nada complicado e pronto a beber. Em boca é o resumo do encontrado no nariz, de fácil passagem, fruta com frescura que guia durante toda a passagem de boca, vegetal uma vez mais presente no mesmo nível do já encontrado, num conjunto de corpo mediano.
É um belo vinho Duriense de entrada de gama, preço sensato para aquilo que oferece, aqui não temos um vinho apenas e só com passagem de inox, teve o bónus de alguma madeira que lhe confere algum arredondamento e refina a complexidade aromática. Fica entre o moderno e o clássico se assim posso dizer, num perfil que me agradou e cumpre correctamente os objectivos. 88 pts
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