Paixão pela diferença, este é o lema deste novo produtor das Terras do Sado.
Segundo o que se pode ler no seu press release, os vinhos da Herdade do Portocarro possuem uma personalidade de grande intensidade e complexidade, associada a uma extraordinária elegância e frescura. Elegância e frescura provenientes do seu «terroir», a principal característica que os distingue e tornam diferentes.
Uma diferença que se sente numa região apaixonante, na paixão do produtor José da Mota Capitão, e na paixão pela forma de produção.
Situada na região demarcada «Terras do Sado», junto à aldeia de São Romão, local de romagem a caminho de Santiago de Compostela, entre Álcacer do Sal e o Torrão.
Herdade do Portocarro 2003
Castas: Aragonez, Alfrocheiro e Cabernet Sauvignon. - Estágio: Carvalho Francês - 13,5% Vol.
Tonalidade ruby escuro de mediana concentração.
Nariz de intensidade média alta, fruta bem presente bem madura e de grande qualidade, ligeira geleia de morango com alguma marmelada, com o tempo surge baunilha seguida de elegantes torrados derivados da madeira, leve balsâmico de fundo com flores, fresco com ligeiro vegetal e balsâmico com toque especiado em conjunto muito bem conseguido e cativante.
Boca com boa estrutura, entrada fresca e com suavidade, fino e elegante na boca, sensação de cremosidade com algum doçura, fruta presente em boa quantidade em conjunto com marmelada, compota e compota, algum tabaco e torrado suave em final mediano.
Um vinho muito equilibrado e afinado, que dá bastante prazer durante a prova, de realçar que uma decantação prévia é muito bem vinda, um vinho que se mostra pronto a ser consumido apesar de não virar costas a mais um tempinho de garrafa, é sem dúvida alguma um produtor a seguir com atenção nos próximos lançamentos e uma das boas revelações do ano no panorama nacional. 16
Como novidade apresento a nota de prova do próximo Herdade do Portocarro, neste caso a sua versão 2004 que deverá ser lançado no mercado em Março-Abril deste ano.
Herdade do Portocarro 2004 (amostra)
Tonalidade ruby escuro de concentração média/alta.
Nariz com aroma inicialmente um pouco escondido, mostra-se um vinho ainda em obras, ligeiramente mais rústico que o 2003, algo compreensível mas que passa com o tempo, com este mesmo tempo surgem notas de madeira já a mostrar-se bem trabalhada com a fruta de boa qualidade, a baunilha a tosta, café, fumo e chocolate preto mostram-se de boa qualidade em conjunto com herbáceo e balsâmico fino, leve especiaria. Tudo no seguimento da colheita anterior.
Boca a mostrar boa estrutura, cremosidade já em boa percentagem, algum álcool ainda por se ajustar, fruta madura, ligeiro verdasco no final.
Apesar de tudo dá para ver que temos um 2004 no seguimento do belo 2003 provado anteriormente, falamos a quando do seu lançamento para nova prova, para já fica com 15,5