Junto ao Vale do Rio Murtega, numa pequena encosta soalheira a caminho da fortaleza de Noudar, nasce este vinho único, fruto do Sol, do Xisto e da Vontade dos Homens desta Terra que lhe deu o nome - Barrancos - Vila raiana, de tradições fortes, gente hospitaleira, paisagens calmantes, touradas, caça, azeite, presuntos... e também de vinho.
Estas são as palavras com que se apresenta este vinho que já vai na sua segunda edição, passando de umas 2.660 garrafas para umas 4 mil na colheita de 2005.
Barrancos 2005
Castas: Aragonez 70% , Touriga Nacional 20% e Alicante Bouschet 10% - Estágio: 6 meses carvalho francês - 13,5% Vol.
Tonalidade ruby escuro de boa concentração.
Nariz a mostrar-se com aromas de boa intensidade, algo fechado de início que ganha com algum tempo no copo, fruta vermelha e negra madura (ameixa, amora, bagas) com ligeiro vegetal/floral (esteva em flor) de segunda linha, em conjunto surge uma ligeira frescura muito bem colocada, o tempo passa e nova vaga de aromas aparece, madeira bem integrada com a fruta, toque especiado com baunilha, torrado ligeiro com algum tabaco e notas licoradas de fundo em companhia com toque de fumo muito diluido no final.
Boca a mostrar corpo de boa intensidade e concentração, frescura presente, equilibrio com vegetal fugaz, balsâmico e fruta madura, torrado, boa passagem com ligeira adstringencia, licor com final de boa persistência.
Uma boa surpresa com um rótulo muito bem conseguido, este não é daqueles vinhos simples e sem graça que se bebem e não nos dizem nada, este Barrancos é acima de tudo um vinho que se mostra com alguma força e carácter, apesar de um pouco fechado dá uma prova interessante, podendo vir a ganhar algo mais com algum tempo de garrafa. Uma justa homenagem ao povo de Barrancos.
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