Mediterra Toscana IGT 2008 #cbe
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Mediterra Toscana IGT 2008 #cbe




Esse é o 57º vinho comentado para a Confraria Brasileira de Enoblogs - CBE. O tema desse mês foi "Supertoscano de até R$200", uma escolha do Alexandre Frias, do Diário de Baco. Um tema muito interessante porque tem muita história envolvida.

Nos anos de 1970 alguns produtores de Chianti começaram a acrescentar uvas francesas à Sangiovese para produzir vinhos mais estruturados. Porém, não poderiam levar em seus rótulos a indicação de procedência justamente porque violavam as regras básicas. Assim nasceram os "supertoscanos", que podiam ser vendidos com a indicação de vino da tavola, mas não DOC ou DOCG. São famosos os tintos produzidos por Antinori, como o Tignanello (Sangiovese e Cabernet Sauvignon) e Solaia (Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e 20% de Sangiovese). Como dizem alguns, esses vinhos colocaram o vinho italiano nas manchetes de todo o mundo. Atualmente muitos são rotulados como IGT (Indicazione Geográfica Típica), mas os dois exemplos acima ainda são vinos da tavola.

Com base nessas informações, procurei encontrar vinhos que levassem mais Sangiovese no corte, mas acabei optando por esse belo vinho produzido por Poggio al Tesoro, na região de Bolgheri, de onde provém grandes "supertoscanos". Esse é um corte de 40% Syrah, 30% Merlot e 30% Cabernet Sauvignon, com passagem de 8 meses por barricas de segundo uso e algum tempo em cave para afinamento. Pela garrafa paguei R$89.

Vinho de coloração púrpura, com lágrimas finas. Aromas intensos, frutos negros, notas lácteas, elegante tostado, chocolate e terra. Na boca tem corpo mediano, mas é intenso, com taninos firmes, boa acidez, notas minerais e muita fruta. Potência dada pelo álcool (14,5%), mas sem qualquer desequilíbrio. Final longo, com frutos marcantes e repetição do tostado e chocolate. Levíssimo amargor.

Vinho gastronômico, que ficou melhor ao longo da degustação. Ótima compra, mesmo custando acima do preço de um vinho para o cotidiano. Vale conhecer.
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