Langhorne Crossing Dry Red 2004
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Langhorne Crossing Dry Red 2004


Este é o 28º Vinho da Confraria Brasileira de Enoblogs, desta vez escolhido pela Ivania Amaral, do blog I Vini Vinhos. Uma compra que sempre evitei quando encontrava o vinho no supermercado, pois a safra 2004 poderia ser um pouco antiga para um vinho em condições não muito adequadas. Paguei R$35, uma boa relação qualidade x preço. O vinho é produzido pela antiga Bleasdale Vineyards, casa fundada em 1850 pela Família Potts, a segunda vinícola a se estabelecer no país. Seus vinhedos estão localizados na região de Langhorne Creek, South Australia, a 70 km de Adelaide. Esta região tem sua história iniciando em 1800 às margens do rio Bremer. Antes mesmo da introdução das atuais técnicas de irrigação, o cultivo de uvas na região ocorria com ajuda das enchentes do rio, o que torna possível encontrarmos parreiras com mais de 110 anos e ainda produzindo.
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Em todos os momentos da degustação o vinho se mostrou bastante agradável, frutado, equilibrado, sem apresentar madeira em excesso. Ao contrário, nesse vinho a madeira é um ingrediente que lhe deu elegância e certa complexidade. Provavelmente já esteve melhor, mas ainda é um exemplar bem interessante. Um corte de Shiraz (61%) e Cabernet Sauvignon (39%), com passagem por 18 meses em barricas de carvalho, predominantemente americano e alguma parcela em francês. Álcool a 14,5%.
Na taça uma coloração rubi de boa transparência e bordas com leve tendência ao alaranjado. Aromas medianos, com fruta madura em evidência, algo de ameixa preta, sem percepção de madeira no nariz. Indícios do álcool, sem atrapalhar.
Vinho leve, com taninos marcando discreta presença e já doces. Acidez em evidência, com leve madeira no retro-olfato. Final longo, com leve amargor e algum floral. Final elegante, com madeira bem dosada e fruta presente. Notas de chocolate e tabaco apareceram em boca e no retrogosto. Álcool sem incomodar, apesar do teor elevado.
Enfim, um vinho mais elegante do que potente, com estilo bastante fácil de beber. Compraria outras garrafas.
Em tempo, a tampa de rosca colabora para que o vinho mantenha suas características, mesmo tendo ficado alguns anos em pé no supermercado.






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