Vinhos
Aromas de Cidrô, as novidades da Real Companhia Velha
|
As vinhas da Quinta de Cidrô - Fotografia de João de Carvalho |
O portefólio de vinhos da Real Companhia Velha produzidos na Quinta de Cidrô, assenta numa surpreendente colecção de castas nacionais e estrangeiras. Localizada perto de São João da Pesqueira com os mais de 150 hectares de vinha, as suas primeiras plantações datam dos finais do séc. XIX, altura que coincide com a construção do seu bonito e imponente Palácio. A Quinta de Cidrô viria a ser comprada pela Real Companhia Velha em 1972 e seria alvo de uma necessária reestruturação, tanto a nível das vinhas como do seu palácio, compra de novas parcelas e plantação de novas vinhas, tudo num sistema de vinha ao alto, como é possível observar na fotografia.
Num conceito que poderemos dizer de irreverência e inovação, castas brancas como Chardonnay, Boal, Alvarinho, Sauvignon Blanc ou Gewurztraminer ou tintas como a Pinot Noir, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Rufete, têm preenchido os nossos copos de aromas e sabores oriundos da Quinta de Cidrô. Em conversa ficamos a saber que falta no ramalhete das brancas a casta Riesling, que com toda a certeza por ali irá ser colocada. Certamente que a frescura das terras da Quinta de Cidrô vai acolher da melhor forma a nova inquilina, tal como tem feito com todas as restantes que tão bons resultados têm conseguido.
Basta ter em memória o Quinta do Sidrô 1996 e comparar com o mais recente Quinta de Cidrô Chardonnay 2015, para entender o caminho de sucesso que tem vindo a ser percorrido nesta casa nos últimos anos. A prova teve uma mão cheia de brancos e um rosé, no total foram 6 vinhos e todos eles a mostrarem aromas espevitados e bem definidos, de perfil cada vez mais refinado e elegante mas com o Douro a marcar-lhes a alma. Uma evolução que se tem feito ao longo das colheitas onde cada vez mais os vinhos mostram os muitos encantos do local onde nasceram.
|
As novidades - fotografia Gonçalo VillaVerde |
Quinta de Cidrô Alvarinho 2015: A mostrar frescura num conjunto bastante focado e coeso, estruturado e marcado pelo terroir do Douro com notas de fruto de pomar, citrinos e uma ligeira austeridade mineral em fundo. Passagem de boca com boa presença, saboroso e a fruta a marcar os sabores num final fresco e seco.
Quinta de Cidrô Sauvignon Blanc 2015: Ainda muito novo, expressivo num misto de fruta austera de caracter mais tropical e um toque de rebuçado de limão, vegetal fresco (espargo), conjunto coeso com o palato a médio tom no que a presença diz respeito. A fruta está menos presente que no nariz, terminando fresco e com boa persistência.
Quinta de Cidrô Boal 2014: A casta Semillon é conhecida no Douro como Boal, pelo que o vinho muda de nome, mas felizmente não mudou mais nada e por isso mantém todos os seus encantos. É claramente dos meus favoritos da prova, um vinho cheio e envolvente, que nos marca pela frescura e pelo tom mais morno que a madeira lhe confere. Cheio e opulento nos sabores e aromas, a acidez que tem domina-lhe por completo o espírito. Um daqueles para se ter, beber e se conseguir, guardar.
Quinta de Cidrô Chardonnay 2015: É já um clássico e dos mais bem conseguidos exemplares de Chardonnay feitos em Portugal vai para largos anos. O vinho surge mais elegante e refinado, nota-se a mão do enólogo, numa ligeira sensação de pão torrado, aconchego da madeira muito subtil com frescura e elegância da fruta de pomar, ananás mais dissimulado, coeso e ao mesmo tempo delicado, limpo e cativante.
Quinta de Cidrô Gewurztraminer 2015: Aroma cheio de líchias e pétalas de rosas, cheio de frescura num aroma muito directo que chega a saturar o nariz e mesmo o palato que quase sempre é um misto de frescura com água de rosas. O problema é meu certamente pois são casos raros os vinhos desta casta que me conquistaram, este não foge à regra e foi o que menos gostei da prova.
Quinta de Cidrô Rosé 2015: Um Rosé feito a partir de Touriga Nacional e Touriga Franca, mostra-se seco com toque fumado, misto de frutos vermelhos e flores (rosas de Santa Teresinha). Replica no palato o já descrito, marcado pela fruta bem saborosa e por uma boa secura no final.
loading...
-
Quinta De Cidrô Marquis 2012
É uma novidade da Real Companhia Velha (Douro) lançada recentemente no mercado, na linha do ‘Quinta de Cidrô Celebration tinto 2010’, a Companhia lança agora o ‘Quinta de Cidrô Marquis’ para homenagear o Marquês de Soveral, nascido...
-
Novidades
Novidades do Cidrô Fomos até ao Palácio do Cidrô, em São João da Pesqueira, para provar as novidades da quinta com o mesmo nome. Propriedade inserida no grupo Real Companhia Velha, tem vindo a centrar a criação de experiências, monovarietais...
-
Real Companhia Velha Lança Quatro Novas Colheitas Com A Assinatura ‘quinta De Cidrô’
O portefólio de vinhos da Real Companhia Velha produzidos com uvas da Quinta de Cidrô assenta numa surpreendente colecção de castas portuguesas e estrangeiras. De uma assentada são quatro as novas edições a chegar ao mercado: O monocasta de...
-
‘evel Xxi Grande Reserva’ E ‘quinta De Cidrô Marquis’ São As últimas Estrei(l)as Da Real Companhia Velha
Novidades é o que não tem faltado à Real Companhia Velha nos últimos tempos. ‘Evel XXI Grande Reserva’ e o ‘Quinta de Cidrô Marquis’ são as últimas estreias... e estrelas da Companhia! São ambos tintos, nascem da colheita de 2012 e posicionam-se...
-
Real Companhia Velha Lança ‘quinta De Cidrô Touriga Nacional 2012’
O ‘Quinta de Cidrô Touriga Nacional tinto 2012’ é o primeiro vinho que Real Companhia Velha lança este ano. Não se trata de um novo néctar, mas de uma nova colheita, ou não fosse este Cidrô feito com a casta rainha em Portugal, desde sempre...
Vinhos