"Alentejo report": parte 1
Vinhos

"Alentejo report": parte 1


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Depois do "Douro report" (v. aqui), é a vez do Alentejo. Fica a primeira parte de pequenos apontamentos de provas recentes de algumas das últimas produções do Alentejo, em especial das colheitas de 2007, 2008 e 2009. São algumas notas curtas, todas de vinhos brancos, pois se fossem extensas não caberiam num formato que procura ser de consulta simpática e inteligível. Vejamos:
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Dona Maria (B) 2008: Aromas frescos de índole vegetal, fruta ácida na boca, final precipitado e demasiado rústico. Bom, mas algo complicado. Preço cordato abaixo dos €6. 15,5

Amantis (B) 2007: No nariz, revela notas curiosas a jasmim, azeitona preta e gengibre. Boca redonda, sentindo-se a madeira, untuoso e de final garboso. Interessante. 16

.Com (B) 2008: Fresco e muito directo no nariz, faltando complexidade. Ligeiro, directo e bastante agradável. Um branco de Verão. 15,5

Monte dos Cabaços Colh. Seleccionada (B) 2008: Tem uma ligeira complexidade olfáctica que faz esquecer uma prova de boca linear e sem garra. Simples e descomplexado. 15

Herdade dos Grous (B) 2009: Acabado de sair para o mercado, limpo no nariz, directo nas referências a ananás e banana. Para beber novo pois é agora que dá prazer. Abaixo de €8. 15,5

Herdade dos Grous Reserva (B) 2008: Notas de madeira a sobressaírem no nariz (espuma de café, aduelas), e fruta ainda algo escondida. Boca com volume, saborosa até ao final, poderá evoluir bem nos próximos 3 anos. Revela bom nível geral. A cerca de €20. 16,5.

Comenda Grande (B) 2008: Lote de Antão Vaz, Arinto e Verdelho, está muito fresco, com boa acidez, um vinho aparentemente simples mas muito bem feito. Bom preço abaixo dos €7. 16

Monte Vilar Reserva (B) 2008: Nova marca do produtor "Casa Santa Vitória". Sente-se o diálogo entre a casta Arinto e a barrica, revela estilo moderno, bem trabalhado na vinha e na adega. Com garra. Mais seis meses em garrafa só lhe fará bem. 16,5

Casa de Santa Vitória Reserva (B) 2007: Notas tostadas da barrica no ataque inicial, evolui muito bem durante a prova. Pendor vegetal, notas de folha de chá e ligeira torrefacção. Boca potente, mas fresca, expressiva e saborosa com ligeira evolução. Muito interessante. A acompanhar em futuras edições. Bom preço, abaixo dos €12. 16,5

Esporão Verdelho (B) 2008: Naturalmente vegetal nos primeiros aromas, é um branco de atracção imediata (para quem se identifica com a casta), apesar da sua subtileza na prova de nariz e da pureza na prova de boca. Bom preço, abaixo dos €9. 16,5

Vila Santa (B) 2008: Muito expressivo e cheio de intensidade aromática com o Antão Vaz a comandar as hostes. Alguma acidez do Verdelho ajuda a compor a frescura e fruta do Arinto, ligeiro toque da madeira, temos aqui um lote muito bem pensado. Moderno no estilo, de grande atracção. Preço cordato, abaixo dos €10. 16

Antão Vaz da Peceguina (B) 2008: Pouco intenso na prova olfactiva de início, depois revela ligeiro floral e fruta branca (alperce maduro). Na boca melhora, está seco com ligeiro mineral. Tudo bem feito, mas pouco original. Para os fanáticos da casta. 16

Malhadinha (B) 2008: Lote de Chardonnay e Arinto, por ora é a casta francesa a dominar e, por isso, sobressaem as notas amanteigadas. Todavia, revela mais acidez que em anos anteriores, melhora no perfil com uma boca fresca e um final refrescante limonado. Voltar a provar daqui a um ano pois acreditamos que irá melhorar. Um passo à frente em relação às edições anteriores. 16,5+

Esporão Private Selection (B) 2008: Algo fechado, mas são já evidentes as notas da barrica mas, surpreendentemente, a fruta (branca e madura) não está escondida, bem pelo contrário. Boca cheia, quase que se mastiga, ampla mas - felizmente - com pouco peso residual. Belo final de boca, de comprimento assinalável. Vai melhorar em garrafa nos próximos três anos . 17+

Tapada de Coelheiros (B) 2008: Lote de Roupeiro, Chardonnay e um pouco de Arinto, revela-se fresco, leve e divertido, com ligeira tosta no nariz. Está vibrante na boca, mas falta final e um pouco mais de complexidade. Gastronómico. 15,5

Tapada de Coelheiros Chardonnay (B) 2008: Um branco muito sério, com as notas amanteigadas da casta francesa em evidência mas sem cansar. Boca poderosa, apesar de linear, e um final saboroso muito conseguido dado o significativo comprimento. Mais uma boa edição de um dos melhores chardonnays alentejanos. Preço cordato abaixo dos €15. 16,5+

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