Quinta do Couquinho (T) 2003
Este foi um daqueles tintos que sempre agraciou alguma fama entre os novos vinhos do Douro. Certamente pelo facto de ter sido uma das quintas inseridas no projecto "Lavradores da Feitoria". Certamente porque a enologia é de João Brito e Cunha.
A colheita é de 2003 e pensámos que o tempo de garrafa que levava já era suficiente. E neste aspecto acertámos! O calor daquela "terra longe" marca o vinho com notas intensas a fruto no nariz. Mas, ao invés da maior parte dos tintos do Douro Superior, este está macio e calmo. Casca de árvore, móvel antigo, referências num bouquet quase apaixonante e de clara tendência hedonística.
Pena não se poder dizer o mesmo da boca. Interessante, redondo, por vezes cheio, mas não estimula o palato, e no meio da boca (como que) já terminou. Quase plano este tinto, que tanto prometia no nariz...
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Em todo o caso, um vinho interessante e curioso, que se destaca dos seus congéneres do Douro Superior (em prova cega diríamos ser do Cima Corgo), mas nem sempre pelas melhores razões. Cabe estar atento à colheita de 2004 e a um novo reserva.
15,5