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Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas (T) 2006


Existem poucos vinhos portugueses de topo com estatuto de "neo-clássicos". Falando de tintos, temos, no Alentejo, o Marquês de Borba Reserva e o Mouchão (este mais velhinho), e alguns mais (ver comentários a este texto). Em Alenquer, temos os Quinta de Pancas mas esses, ao que parece, já eram (e não sabemos se voltam...), e o mesmo sucedeu com os reservas da Sogrape um pouco pelo país. No Dão, temos os vinhos da Quinta dos Roques, Carvalhais, e alguns tintos de Álvaro de Castro. No Douro, temos os reservas (especiais) da Ferreirinha (o Barca Velha não conta pois é clássico), o Redoma, talvez o Evel Grande Escolha mais uns e outros, e claro... o Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas (Old Vines).

Este último, na versão de 2006, e mesmo sem as uvas da vinha Maria Teresa, está curiosamente mais de acordo com o seu perfil inicial (pelo menos de acordo com a nossa ideia do seu perfil inicial) do que noutros anos. Ou seja, a fruta é ainda mais madura, com madeira vincada e sedutora na versão aparas de lápis, algum queimado, e já um muito ligeiro aroma a caixa de charutos. De corpo cheio, na boca, é quase pastoso, necessariamente jovem mas já bem equilibrado, sempre na vertente sensual. Há ainda um ligeiro travo rústico (que se repete noutros tintos durienses de 2006), e taninos "espigadotes", que evita um perfil demasiado internacional, e que nós gostamos muito.

O seu preço vai-se mantendo longe da especulação, mas o entusiasmo à volta de cada edição deste tinto faz com que por menos de € 26 seja difícil de o encontrar. Difícil de encontrar talvez, mas nada difícil de gostar. Ainda bem! Muito bem!


17 - 17,5

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Próximos vinhos: Crasto (T) 2007; Olho de Mocho (R) 2007; Altas Quintas (T) 2005; Altas Quintas Mensagem Aragonês (T) 2005; Frei Estevão Reserva (T) 2005; Rocim (T) 2005; Olho de Mocho Reserva (B) 2007




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